(Lucas Prates)
O advogado do goleiro Bruno Fernandes, Lúcio Adolfo da Silva, garantiu que vai entrar com um recurso pedindo a anulação do júri caso o atleta seja condenado. Segundo o defensor, ele fez alguns pedidos à juíza Marixa Fabiane Lopes durante a sessão desta segunda-feira (4), mas a magistrada sequer o escutou. Ainda segundo o advogado, o que aconteceu no julgamento de Luiz Henrique Ferreira Romão, o "Macarrão" e Fernanda Gomes de Castro foi "imoral" e nunca aconteceu antes na história do país. O defensor porém não deixou claro o motivo pelo qual não concorda com o júri que culminou na condenação dos réus julgados em novembro do ano passado. Entenda o caso Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho de 2010, quando fez um último contato telefônico com uma amiga. Segundo a polícia, ela foi morta e teve seu corpo esquartejado. No entanto, os restos mortais da ex-modelo não foram localizados até hoje. Acusado de homicídio triplamente quaificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver, o goleiro Bruno está sendo julgado esta semana. Segundo a acusação, o atleta seria mandante do crime. Além dele, está sendo julgada também sua ex-mulher Dayanne Rodrigues, que responde por sequestreo e cárcere privado. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", é acusado de matar Eliza Samudio. Ele responde pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. O julgamento de "Bola" está marcado para ocorrer no dia 22 de abril. O ex-policial, o goleiro Bruno e sua ex-mulher Dayanne Rodrigues tiveram o processo desmembrado durante o júri popular que ocorreu de 19 a 23 de novembro do ano passado, no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem. Na ocasião, apenas Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", e Fernanda Gomes Castro, ex-namorada de Bruno, foram julgados. Macarrão foi sentenciado a 15 anos de prisão e Fernanda a cinco no regime aberto. Além deles, ainda serão julgados o ex-caseiro do sítio de Bruno, Elenilson Vítor da Silva e o motorista do atleta, Wemerson Marques de Souza, o "Coxinha". Os réus respondem por sequestro e cárcere privado e devem ser julgados em 15 de maio.
*Com informações de Pedro Rotterdan