(Maurício Vieira)
O advogado do suspeito de matar mãe e filho vai alegar à Justiça que o cliente tem problemas psiquiátricos e faz uso de medicação controlada. Uma outra estratégia da qual ele afirmou que pode lançar mão é a “legítima defesa da honra”.
Paulo Henrique da Rocha, de 33 anos, foi preso na tarde desta quarta-feira (31), na rua Paracatu, ao lado Fórum Lafayette, no Barro Preto, região Centro-Sul da capital.
O microempresário foi detido no mesmo carro que aparece no vídeo do assassinato de Tereza Cristina Peres de Assis, de 44 anos, e do filho dela, Gabriel Peres Mendes de Paula, de 22. Ele estava com a mesma blusa usada no vídeo e portava a arma que, segundo investigadores, foi utilizada no assassinato.
Apesar das evidências mostradas pela polícia, ao chegar na delegacia, ele negou ter cometido o crime. À imprensa, disse que “tudo seria esclarecido”. Contudo, o advogado dele, Leonardo Mouro Alves, orientou o cliente a permanecer calado no depoimento.
“Ele, por enquanto, não vai falar sobre o mérito (se cometeu ou não o crime), mesmo porque ele tem alguns problemas psiquiátricos. Ele estava em tratamento desde o início do ano”, afirmou Alves.
O defensor não soube especificar qual seria o transtorno que o cliente tem, mas informou que o laudo estava sendo preparado e seria entregue à polícia.
Legítima Defesa
Perguntado sobre como procederia com a defesa do suspeito diante dos materiais colhidos pela polícia, o advogado disse que, dentre as estratégias, poderia alegar “legítima defesa da honra”, mas não explicou, o que legitimaria esta defesa.
“A inocência pode ser comprovada de várias formas, inclusive a legítima defesa da honra. É um instituto do Código Penal. Nós não vamos entrar no mérito, conforme eu disse. A princípio, queremos resguardar os direitos dele”, destacou.
O defensor observou que o cliente estava tranquilo e já tinha se reunido com Paulo Henrique da Rocha antes e que ele se apresentaria. O advogado disse, também, que sabia que ele estava com uma arma, mas evitou associá-la ao crime.
Leonardo Mouro Alves também culpou parte da imprensa pela forma como divulgou o caso, dizendo que havia informações falsas sendo difundidas.
“Ele quer combater, num primeiro momento, muitas inverdades que estão sendo ditas por alguns órgãos de imprensa. Muita maldade sobre perfil falso de mídia, sobre agressões”, explicou.
Na terça-feira (30), um dia após o assassinato, a Polícia Civil informou, em coletiva de imprensa, que Rocha havia criado um perfil falso na internet, onde divulgava fotos íntimas de Tereza. A mulher havia feito uma representação contra ele na Justiça.
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