(Renato Cobucci)
Os professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) continuam em greve pelo menos até sexta-feira (27). A última proposta do governo de reestruturação de carreira às entidades sindicais dos professores dos institutos e universidades federais foi analisada pelos docentes, na tarde desta quarta-feira (25) e, mais uma vez, foi rejeitada pela categoria. Uma nova assembleia foi marcada para sexta-feira, às 13h, no auditório da reitoria da UFMG. Depois de mais uma rodada de negociação para colocar fim à greve que já dura 70 dias, o governo ofereceu reajustes que variam entre 25% e 40% para todos os docentes. Além disso, a data para entrada em vigor do aumento foi antecipada. Na oferta da semana passada, o aumento variava entre 12% e 45%, já somados os 4% aprovados em maio, pela Medida Provisória 568, que teve efeito retroativo a março. A proposta não agradou os representantes da categoria, que alegaram que o governo não contemplou a reestruturação da carreira para todos os níveis de docentes. De acordo com o Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros (Apubh), que representa a UFMG, os docentes da instituição têm reivindicações particulares diferentes das exigências do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), ao qual os professores da universidade não estão ligados. Enquanto a UFMG mantem a greve, o conselho deliberativo da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) decidiu pela aceitação da nova proposta de reestruturação da carreira dos docentes de instituições federais. A entidade representa apenas sete das 59 universidades federais e dois instituto.