(Arquivo)
JUIZ DE FORA – Falta infraestrutura nas escolas estaduais de Juiz de Fora, segundo professores, pais e alunos das instituições. Segundo eles, a precariedade dos prédios, na maioria centenários, compromete o ensino, na medida em que as aulas precisam ser suspensas por conta da impossibilidade estrutural das salas e laboratórios.
Nessa sexta-feira (15), alunos das escolas Delfim Moreira, Duarte de Abreu e Instituto Estadual de Educação fizeram manifestação pelas ruas do centro da cidade por melhorias. “Nós não podemos entender como o governo de Minas faz propaganda da educação do Estado como sendo a melhor do país e, ao mesmo tempo, deixa os alunos frequentarem escolas sem as mínimas condições”, afirmou o diretor da regional do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-Ute), Júlio Sezar Lang Dória.
No início da semana, os estudantes da Escola Estadual Duarte de Abreu, no bairro Vitorino Braga, foram surpreendidos por salas sem cadeiras e mesas. O mobiliário sucateado estava amontoado numa das salas. Os alunos chegaram a registrar boletim de ocorrência na Polícia Militar, usando o Estatuto da Criança e do Adolescente, que prevê o direito à educação. A direção da escola informou que faltam “apenas 20 mesas, o que não inviabilizaria a frequência às aulas”.
No Instituto Estadual de Educação, o problema não é diferente. Os estudantes alegam que as salas não possuem mesas e cadeiras suficientes. Em muitas delas, buracos impedem o uso dos quadros. Por conta disso, ontem, parte dos alunos deixou de assistir as aulas e fez caminhada até a porta da Escola Estadual Delfim Moreira, também no Centro, para protestar contra a situação.
A Secretaria de Estado da Educação alega que os casos são pontuais e que várias obras foram executadas em 2012. “E quando não aconteceu é por questões burocráticas, como é o caso do Delfim Moreira e Instituto de Educação”.
Leia ainda sobre a falta de merenda e professor em escola de Montes Claros, no Norte de Minas, na http://hojeemdiardp2.digitalpages.com.br/html/shelf/93