Amigo revela que mãe e filho assassinados costumavam pegar carona por medo do ex-marido dela

Juliana Baeta
30/07/2019 às 20:19.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:47
 (Facebook/Reprodução)

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Apesar de o trajeto entre a casa do estudante de direito Gabriel Peres Mendes de Paula, de 22 anos, e a academia onde malhava diariamente não passar de quatro quarteirões, ele e a mãe, a agente de combate de endemias Tereza Cristina Peres de Almeida, de 44 anos, costumavam voltar para a casa de carona após os treinos. 

O motivo era o medo que rondava os dois diante das ameaças do ex-marido de Tereza. Mas nessa segunda-feira (29), dia em que os dois foram assassinados ao sair da academia, no bairro Ipiranga, Gabriel havia dispensado a companhia de um amigo para ir para a casa, porque disse que a mãe queria conversar com ele. 

"No último domingo nós passamos o dia juntos e o Gabriel disse que ele [o ex-marido de Tereza] estava fazendo muitas ameaças e de repente sumiu. Mas que já tinha avisado a Cris [Tereza] que a qualquer momento iria aparecer quando ela menos esperasse. E eu lembro de ter dito a ele para tomar cuidado e ficar atento. Ele disse que estava preocupado, mas atento, e que iria defender a mãe dele. Disse que se o cara aparecesse, ele [Gabriel] ia partir pra cima, porque ele não iria encostar a mão nela", lembra Marcell Pessoa, amigo de Gabriel há 10 anos. 

O amigo conta ainda que a situação preocupava os amigos da família e que, por isso, colegas da academia se revezavam para dar carona para os dois voltarem para a casa. "Mas quando íamos embora, ele me chamou e disse: Marcell, hoje vou embora com a minha mãe porque ela quer conversar comigo".

Gabriel e Tereza serão velados na manhã desta quarta-feira (31) no Cemitério da Paz. 

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