Entre as linhas extra estarão algumas que não operam aos domingos (Samuel Costa/Hoje em Dia/Arquivo)
Uma única empresa mostrou interesse em realizar auditoria no transporte público de Belo Horizonte. A informação foi divulgada pela BHTrans, que nesta segunda-feira (19) abriu o envelope dos que apresentaram proposta para fazer o procedimento. A auditoria foi colocada pelo prefeito Alexandre Kalil como condição para que um reajuste nos preços das passagens de ônibus volte a ser discutido com as empresas responsáveis pela concessão.
De acordo com a autarquia responsável por gerenciar o tráfego na capital, somente a Maciel Consultores apresentou proposta técnica para fazer o serviço. A empresa foi habilitada. Porém, a proposta está sendo avaliada e o resultado da análise deve ser divulgado nos próximos dias. Somente depois desta fase ela poderá ser declarada vencedora e contratada para prestar o serviço.
O edital para a licitação foi divulgado no dia 2 de janeiro e os interessados tinham até esta segunda-feira, às 10h, para manifestar interesse.
Reajuste na tarifa
Em dezembro, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) solicitou à prefeitura o aumento de 10,5% na passagem, colocando a escalada do preço do óleo diesel como principal justificativa. Se o aumento fosse aceito, o valor saltaria de R$ 4,05 para R$ 4,50. O pedido de reajuste foi negado pela PBH e as empresas afirmaram que era inviável economicamente trabalhar com a tarifa atual.
Imbróglio
Na Justiça, os consórcios BHLeste, Dez, Dom Pedro II e Pampulha chegaram a impetrar mandado de segurança contra o prefeito Alexandre Kalil e o diretor-presidente da BHTrans, Célio Bouzada. O pedido de reajuste foi negado duas vezes. Primeiro pelo juiz Marco Aurélio Abrantes e, depois, pelo desembargador Wander Marotta. As concessionárias afirmam que a revisão tarifária consta do contrato em vigor, firmado com o Executivo há nove anos.
A capital mineira tem hoje uma das tarifas de ônibus mais caras do país. O valor supera a de metrópoles, como São Paulo, onde os passageiros pagam R$ 4.