Após confessar 40 ataques, "Maníaco do Dona Clara" é solto por falta de flagrante e mandado

Hoje em Dia
30/10/2013 às 12:26.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:46
 (Renato Cobucci/Hoje em Dia)

(Renato Cobucci/Hoje em Dia)

Está de volta às ruas de Belo Horizonte, o homem conhecido como "Maníaco do Dona Clara", que chegou a ser preso na terça-feira (29) ao confessar o ataque a pelo menos 40 jovens. Segundo a Polícia Civil, Marcel Barbosa dos Santos, de 30 anos, foi ouvido e liberado, pois não houve flagrante e o mandado de prisão ainda não havia sido expedido pela Justiça. A assessoria da corporação informou que na noite de terça, o delegado de plantão, Caio Almeida Neves Martins, solicitou a prisão temporária do suspeito. Até a manhã desta quarta-feira (30) a corporação aguardava uma decisão judicial, portanto, existe a possibilidade dele tentar uma fuga.

Na terça, Marcel Barbosa foi localizado no bairro Santa Rosa, na região da Pampulha, próximo à casa dele. Ele confessou que estava abusando sexualmente de adolescentes, desde setembro do ano deste ano, na região onde reside, e seus principais alvos eram estudantes.  Segundo um dos responsáveis por sua primeira localização é o capitão do 13° Batalhão da PM, Waldomiro Almeida. Ele contou que a princípio, o suspeito negou o crime, mas pressionado por militares, começou a chorar, confessou e pediu perdão. Em seguida, acabou dizendo que atacou cerca de 40 garotas desde setembro e, justificou suas ações dizendo que quando criança, era molestado por um primo. O suspeito é funcionário de uma empresa especializada em produção de equipamentos de proteção individual.
 
De acordo com a Polícia Civil (PC), seis vítimas registraram boletim de ocorrência afirmando que foram vítimas do maníaco. Dessas, quatro foram ouvidas pela delegada Iara França, da Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente (DEPCA), responsável pelo caso. As outras duas foram intimadas.
 
O último ataque ocorreu na segunda-feira (28), quando uma adolescente de 17 anos revelou que foi molestada na rua Igino Bonfioli, próximo a Escola Estadual Anita Brandão.
 
O atual Código Penal brasileiro define como estupro qualquer ato libidinoso envolvendo violência ou ameaça. Isso inclui até mesmo um beijo, apalpadela ou esfregão que sejam feitos sem o consentimento da outra pessoa. A pena para aqueles que cometerem estupros varia de 6 a 10 anos de reclusão.
 
"Maníaco do Dona Clara"
 
Branco, forte, com o rosto coberto por um capacete e pilotando uma moto. Essa são as características descritas pelas vítimas, sendo seis delas filhas de policiais. De acordo com a investigação, ele costumava atacar as jovens no início das manhãs, sem se incomodar com a luz do dia.
 
O foco do maníaco eram garotas com idades entre 13 e 17 anos. Ele estacionava sua moto ao lado delas, descia do veículo, pedia alguma informação e depois partia para cima sem falar nada. Em seguida tentava agarrá-las e passava as mãos nas partes íntimas.

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