Após confirmar caso em Minas, força-tarefa vai combater a Chikungunya

A partir de segunda-feira, uma força-tarefa começará a ser montada em Minas Gerais para identificar e monitorar novos casos de febre Chikungunya. A “operação” é uma resposta à primeira confirmação de transmissão do vírus no Estado, divulgada nesta segunda-feira (13) pela Secretaria de Saúde (SES).

A paciente, uma mulher de 48 anos, mora em Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e começou a apresentar os sintomas no final de agosto. O estado de saúde dela é bom.

Neste mês, as ações de combate à doença serão integradas às já adotadas com a dengue, uma vez que os mosquitos transmissores são os mesmos, nos dois casos.

Preparo

Já no início da próxima semana, cerca de 250 médicos de todo o Estado serão capacitados por um profissional da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Distrito Federal, especialista na abordagem clínico-terapêutica da febre Chikungunya.

“Nossa ideia é, inicialmente, promover a capacitação em todas as regiões para que tenhamos referências médicas e possamos procurá-las caso seja realmente necessário”, disse a gerente do Programa Estadual de Dengue da SES, Geane Aparecida de Almeida Andrade.



Integração

Segundo ela, outra preocupação da Secretaria é agilizar a diferenciação dos diagnósticos da febre e da dengue, porque as duas doenças apresentam sintomas semelhantes, como febre alta, dores pelo corpo e manchas vermelhas na pele.

Nos próximos dois meses, os 853 municípios mineiros estarão articulados, por meio das 28 unidades regionais de saúde, para elaboração, pactuação e homologação dos planos de contingência municipais da febre Chikungunya.

“O objetivo é identificar nessas cidades estruturas nos três eixos principais de atuação do programa, que são vigilância e controle de vetores, mobilização social e assistência para a melhor condução do processo, caso ocorra um momento de transmissão epidêmica”, afirmou Geane.

Alerta

De acordo com a analista técnica da Fundação Ezequiel Dias (Funed), Eliza de Souza Lopes, os resultados dos testes levam, em média, três dias para ficarem prontos.

“Se a amostra (de sangue) chegar em perfeitas condições à Fundação, há tempo de entrar com o tratamento”, disse.