O advogado do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", Ércio Quaresma, sempre foi um dos personagens mais polêmicos no caso que envolve o desaparecimento e morte da ex-modelo Eliza Samudio. Conhecido por dar declarações marcantes, como ao tentar desqualificar as investigações feitas pela polícia, Quaresma tem fogido das câmeras e dos holofotes.
Na manhã desta terça-feira (23), ele chegou ao Fórum Doutor Pedro Aleixo sem falar com a imprensa. O defensor acenou para os repórteres e, em seguida, se dirigiu à uma padaria para tomar café da manhã. A postura chega a ser contraditória, quando observado o histórico de participação dele no caso.
No primeiro dia do julgamento de "Bola", na segunda-feira (22), o advogado deixou o Fórum pela tarde alegando que sua mulher tinha sido assaltada à mão armada. Apenas uma hora mais tarde ele retornou ao local.
Logo no começo da análise, na manhã da segunda, ele soliciou a presença da delegada Alessandra Wilke, que está investigando outro caso em Ipatinga, ou a suspensão dos trabalhos no julgamento.
O promotor Henry Wagner Vasconcelos, do Ministério Público (MP), ironizou o comportamento, dissendo que no julgamento passado Ércio Quaresma falou a mesma coisa para deixar a sala do júri. "Não se trata de uma coincidência", sentenciou.