Após falha humana, reconstrução da barragem da Lagoa do Nado está prevista só para o 2º semestre
PBH afirma que rompimento foi causado por falha humana; barragem só deve reabrir em 2026
O reservatório que se rompeu tem capacidade para armazenar 63 mil metros cúbicos (Fernando Michel/ Hoje em Dia)
Após a Prefeitura de Belo Horizonte apontar que um erro humano causou o rompimento da barragem do Parque Lagoa do Nado, na região da Pampulha, a Secretaria de Obras e Infraestrutura informou que as obras de reconstrução do local estão previstas para ocorrer somente no segundo semestre de 2025.
Conforme o executivo municipal informou nesta sexta-feira (14), as intervenções para a reconstrução do barramento irão começar após a conclusão do processo de licitação do projeto, que está previsto para ocorrer após julho.
A PBH informou que não foram identificadas falhas estruturais na barragem que possam ter contribuído para o rompimento. A pasta explica que os “elementos apurados indicam que o incidente ocorreu porque a galeria do vertedouro encontrava-se parcialmente obstruída por três anteparos de madeira, denominados stop log”.
E que esses dispositivos foram removidos do vertedouro durante o período de chuvas, para rebaixamento do nível do reservatório, "mas foram indevidamente recolocados posteriormente”, completa.
As intervenções de limpeza, instalação de barreiras de sedimentos, recomposição dos taludes e implantação de um novo canal de drenagem na área onde houve a ruptura da Barragem do Parque Lagoa do Nado encontram-se em execução, com previsão de serem concluídas nos próximos meses.
Rompimento da represa
A barragem de água do Parque Lagoa do Nado, no bairro Itapoã, região da Pampulha, em Belo Horizonte, rompeu na tarde do dia 13 de novembro de 2024. A estrutura fazia a contenção de um reservatório artificial, que ficou totalmente vazio.
Com a forte chuva, parte do talude cedeu extravasando a água para a avenida Pedro I, que passa ao parque. Imagens aéreas cedidas ao Hoje em Dia por Henrique Augusto, da produtora Candy Media, mostram o rastro de destruição causado pelo grande volume de água.
De acordo com a Defesa Civil, em apenas duas horas, a região registrou 74,4 milímetros, ou seja, 31,5% do esperado para o mês de novembro. A avenida Pedro I chegou a ficar interditada nos dois sentidos devido ao risco de alagamento.
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