Após Justiça suspender licitações, taxistas da Grande BH cobram reabertura das contratações

O problema envolvendo a licitação de táxis na Grande BH ganhou um novo capítulo. Os trabalhadores da área cobram a reabertura dos processos para novas contratações na região, após suspensão solicitada pelo Ministério Público. Na terça-feira (8), os taxistas participaram de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para discutir o tema.

O encontro foi solicitado pelo presidente da Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização da Casa, deputado Paulo Lamac, e contou com a participação de diversos representantes de orgãos da área. O parlamentar informou que já há uma recomendação do MP para resolver a situação em BH, mas a situação também se estende a outras cidades da região metropolitana.

De acordo com o presidente da Associação dos Condutores Auxiliares de Táxi (Acat), José Estevão de Jesus de Paulo, afirmou a suspensão dos editais de licitação é grave e precisa ser avalidada. “Sabemos que o processo é novo e que ainda não existe um modelo considerado plenamente adequado, mas exigimos que o Poder Público dê continuidade às licitações”, pontuou.

O representante da categoria concordou que a intervenção do MP foi necessária, mas cobrou maior rapidez no processo licitatório. "Se as determinações da BHTrans, por exemplo, forem cumpridas, teremos três mil profissionais beneficiados. Temos é que cobrar agilidade. Não podemos esperar que a licitação fique paralisada por 10 anos na Justiça”, reclamou José Estevão.
 
Na audiência, os taxistas alegaram, também, que os órgãos de gerenciamento do trânsito, como a BHTrans, não são transparentes e precisam esclarecer os problemas apontados pelo Ministério Público.

O assessor jurídico da Transcon, empresa responsável pelo trânsito em Contagem, Luiz André Vasconcelos, disse que já apresentou uma proposta para implementar algumas mudanças em pontos questionados pelo ministério. “Queremos chegar a um acordo, reabrir o diálogo; sabemos que a suspensão do edital impede o aumento da frota de táxis e prejudica também a população”. (*Com informações da ALMG)