Após tiroteio, moradores fecham avenida em protesto em Justinópolis

Aproximadamente 200 pessoas fizeram um protesto, na noite desta quinta-feira (30), no bairro Justinópolis, em Ribeirão das Neves, região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Militar (PM), os manifestantes fecharam a avenida Denise Cristina Rocha. O grupo pedia uma resposta da prefeitura municipal em relação a programas sociais de moradia. O ato ocorreu também devido a um tiroteio feito na madrugada desta quinta-feira no bairro Sônia, onde os manifestantes vivem em um assentamento.    Segundo o tenente Marcelo Rodrigues, o protesto começou por volta das 18h30, mas foi encerrado em menos de duas horas. "Conseguimos fechar um acordo com os moradores. Pedimos que eles liberassem a avenida e tentassem negociar as moradias com a administração municipal”, contou o tenente.    De acordo com a PM, a manifestação foi feita de forma pacífica. A corporação informou ainda que o assentamento foi ocupado pelos moradores ilegalmente.   A reportagem do Hoje em Dia procurou a prefeitura de Ribeirão das Neves, mas, devido ao horário, não obteve sucesso.    Tiroteio   Na madrugada desta quinta-feira (30), a Polícia Civil (PC) foi informada que disparos teriam sido feitos no bairro Sônia, em Ribeirão das Neves. Conforme a assessoria de imprensa da corporação, o dono de um imóvel localizado ao lado de um assentamento teria sido ameaçado na quarta-feira (29). A ameaça teria partido dos morares do assentamento, que teriam dito que invadiriam a residência do homem.    Diante do fato, o dono do imóvel pediu a ajuda de um policial civil conhecido dele para que o acompanhasse na retirada dos móveis do local, momento esse que ocupantes de um veículo Volkswagen Gol e de uma motocicleta passaram atirando. Segundo a PC, três pessoas estariam no carro e duas na moto.    O policial civil que estava no local não teria reagido e ninguém ficou ferido durante o tiroteio. Até a publicação desta reportagem, nenhum suspeito de ter feito os disparos havia sido localizado pela polícia.   O caso é investigado pela Delegacia de Ribeirão das Neves e pela Corregedoria Geral da Polícia Civil.