(Reprodução Facebook)
Uma das vítimas do atirador que abriu fogo contra fiéis que participavam de uma missa na Catedral de Campinas (SP), na tarde de terça (11), era natural do Norte de Minas. O aposentado Elpidio Alves Coutinho, de 67 anos, nasceu no distrito de Campo Alegre, no município de Ibiracatu. Ele havia se mudado para Campinas há quatro décadas para trabalhar como motorista de ônibus e morava com a mulher na cidade paulista de Monte Mor.
O corpo do aposentado está sendo velado desde a manhã desta quarta-feira (12) na Paróquia São Francisco de Assis, em Monte Mor, e será sepultado no Cemitério Municipal da cidade às 16h. Ele deixa a esposa, que se feriu no ataque dentro da catedral e recebeu alta do hospital, e um filho. Elpídio tinha oito irmãos, entre eles, Orivaldo Alves de Oliveira, ex- prefeito da cidade.
De acordo com Gabriel Coutinho, sobrinho da vítima, toda a família ficou impressionada com a morte de Elpídio. "Foi um choque para todos nós esta notícia. Soubemos do atentado, mas não imaginávamos que ele estivesse naquela igreja, porque habitualmente frequentava outra, no bairro em que morava. A gente pensa que isso é coisa que só acontece em outros países, mas não temos mais paz nem na igreja", lamenta.
Gabriel diz que Elpídio era um homem religioso, muito querido por todos e não perdeu o vínculo com a terra em que nasceu. "Ele vinha ao menos quatro vezes ao ano a Ibiracatu. Na Sexta-feira Santa, a família toda se reunia e ele vinha duas semanas antes pra organizar a casa e ficar com os familiares".
Entenda o caso
Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, morador da cidade paulista de Valinhos, disparou contra pessoas que assistiam uma missa na Catedral de Campinas por volta das 13h25 de terça. Quatro pessoas morreram no local, todas do sexo masculino.
Outras quatro pessoas ficaram feridas e foram socorridas ao Hospital Municipal Doutor Mário Gatti, Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Hospital Beneficência Portuguesa de Campinas. O suspeito se matou quando a Polícia Militar chegou ao local.
De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, Euler foi servidor concursado do Ministério Público do Estado de São Paulo, atuando como auxiliar de Promotoria I, na Comarca de Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo. O Ministério Público de São Paulo informou que ele pediu exoneração do cargo em 3 de julho de 2014. Ainda não se sabe o que teria motivado o ataque.
* Com Marcia Vieira, d'O Norte