Apuração da morte de Sérgio está encerrada, diz Polícia Civil

Gabi Santos, Ana Clara Otoni e Pedro Rotterdan
04/09/2012 às 13:14.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:00
 (Reprodução)

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Dois homens suspeitos de terem matado o primo do ex-goleiro Bruno Fernandes, Sérgio Rosa Sales, já foram identificados e podem ser presos a qualquer momento, informou a Polícia Civil nesta terça-feira (4). O crime foi completamente apurado, segundo a assessoria da Polícia Civil. O assessor da corporação Odilon Amaral informou à imprensa na porta da Corregedoria da Polícia Civil, no Centro de Belo Horizonte, que a morte de Sérgio teve motivação passional. Os suspeitos foram ouvidos e teriam confessaram a autoria do crime. A polícia havia pedido, na noite de segunda-feira (3), a prisão temporária dos dois suspeitos. No entanto, a Justiça deve analisar a solicitação apenas nesta terça. Sérgio Rosa Sales foi assassinado no dia 22 de agosto, no bairro Minaslândia, região Norte de Belo Horizonte.

Os corregedores mantêm silêncio sobre a apuração do caso, sob a alegação de que devem preservar o inquérito para evitar que isso atrapalhe nas investigações. Contudo, fontes informaram que durante os esclarecimentos prestados na segunda-feira (4), os dois suspeitos teriam dito que foram contratados por um homem para matar Sérgio. A razão seria o fato de que Sérgio estaria mostrando as genitais para a namorada do suposto mandante do crime.

Também na segunda, a polícia apreendeu duas motocicletas que teriam sido usadas pelos criminosos que assassinaram Sérgio. Elas estavam escondidas em um matagal que fica no bairro Ribeiro de Abreu, em Região Norte de Belo Horizonte, haviam sido roubadas e já foram devolvidas aos donos. Os dois teriam então prestado depoimento somente sobre o caso das motocicletas. A namorada de Sérgio tem um depoimento marcado para as 16 horas desta terça-feira (04).

O crime

Sérgio Rosa Sales foi assassinado no dia 22 de agosto, no bairro Minaslândia, região Norte de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Civil, ele era peça fundamental no caso que investiga o desaparecimento da ex-modelo Eliza Samudio. Em depoimento à polícia, o primo de Bruno revelou que a ex-amante do atleta teria sido morta. Depois Sérgio mudou de versão e disse que foi pressionado para falar sobre o crime.

Ele havia deixado a penitenciária Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, no dia 11 de agosto de 2011. Sérgio respondia pelos crimes de homicídio triplicamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. Ele ficou 400 dias preso e, na época da saída, disse que se sentia "feliz e aliviado". O jovem foi morto perto de casa, na rua Aracitaba, esquina com rua Maria Madalena, quando saía para o trabalho. Há suspeita de que o homicídio tenha sido uma queima de arquivo, já que Sérgio era um dos envolvidos no caso do desaparecimento da modelo Eliza Samúdio.

Relembre o caso

O ex-goleiro Bruno, que seria amante de Eliza Samudio, é acusado de encomendar a morte da modelo. O atleta, o amigo dele, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, responde aos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. Sérgio Rosa Sales respondia pelos mesmos crimes que Bola.

Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, na época mulher do atleta; Wemerson Marques de Souza, o Coxinha; Elenílson Vítor da Silva, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do jogador, respondem pelos crimes de sequestro e cárcere privado. O julgamento que definirá o futuro dos acusados não tem previsão de ocorrer.

Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho de 2010, quando fez um último contato telefônico com uma amiga. Segundo a polícia, ela foi morta e teve seu corpo esquartejado. No entanto, os restos mortais da ex-modelo não foram localizados até hoje.

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