Mais uma morte foi registrada na ocupação Willian Rosa, em Contagem, na Grande BH. Na madrugada desta segunda-feira (9), dois homens, que são primos, de 19 e 22 anos, foram baleados. O mais velho não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Essa foi a quinta morte na ocupação em menos de um mês. Outros homicídos foram registrados nos dias 12 e 20 de novembro, 4 e 7 de novembro. Segundo policiais do 18º Batalhão da PM, a suspeita é de que os crimes tenham sido motivados por uma disputa pelo tráfico de drogas e por terra na ocupação, que segundo eles, se transformou em um "barril de pólvora".
A vítima desta segunda-feira, identificado como Cleydson Ramos Nonato, o "Argentino", foi executada com 17 tiros, no rosto, braço, peito e nuca. Já seu primo Darlam Augusto Pereira Bastos, que estava próximo no momento dos disparos, foi atingido por três tiros e foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hosptial de Contagem. Ele tem passagem pela polícia por roubo e tráfico.
Segundo a PM, contra "Argentino" já havia um mandado de prisão por roubo à mão armada, furto e homicídio. O rapaz também já tinha passagem pela polícia por outros crimes, como assalto a banco e estupro. Até o momento, nenhum suspeito foi identificado. O caso será investigado pela Polícia Civil.
Iniciada em outubro deste ano, a ocupação Willian Rosa fica em um terreno invadido, às margens da avenida Severino Ballesteros Rodrigues, no bairro Jardim Laguna 3ª Seção. No local vivem hoje cerca de 3.900 famílias.
O primeiro homicídio no local aconteceu no dia 12 de novembro, quando um jovem de 24 anos foi morto com oito tiros. Segundo a Polícia Militar, Daniel Lourenço Maciel da Silva era ex-presidiário. O corpo dele foi encontrado perto de um barraco onde morava. Próximo à vítima, peritos recolheram um pino usado para armazenar cocaína. A embalagem estava vazia.