Arraial de Belô: rodopios das noites de São João

Ao contrário da maioria dos grupos de quadrilha que, com longos anos de experiência, apresentam as danças juninas no Arraial de Belô, um conjunto que apenas em 2011 mostrou pela primeira vez sua coreografia ao público já faz parte da elite quadrilheira da cidade.

Depois do feito inédito de, em apenas três anos, sair do grupo de acesso e ocupar o terceiro lugar no grupo especial de 2012, os dançarinos do Beija Flor de Minas, do bairro Jardim América, se esforçam agora para melhores colocações.

Neste ano, acreditam na emoção que será despertada com o tema “Fé e Devoção, sentimentos do sertanejo nas noites de São João”. “No sábado, vamos trazer o que há de mais puro naquele que enfrenta a labuta no dia a dia. Queremos mostrar também a fé do homem da roça. Surpresas e comoção são indispensáveis”, garante Wesley Gomes Gonçalves, presidente e marcador do grupo.

Mãos Habilidosas

Enquanto os 48 dançarinos se dedicam aos ensaios nesta reta final, um pequeno grupo se reúne quase todos os dias para uma tarefa que, embora quase não seja percebido pelo público, é indispensável para a apresentação.

Com mãos habilidosas, confeccionam fuxicos, flores de tecido, arrumam as rendas e trançam fitas coloridas que serão utilizados nos adereços, figurinos e cenário.

“Quando começamos, há cinco meses, ninguém sabia direito como fazer os trabalhos manuais. Mas não quisemos comprar tudo pronto. Acho que damos mais valor quando colocamos a mão na massa”, diz Wesley Gomes.

Todo esforço, garante ele, vale a pena. “Quem começa a dançar quadrilha, se apaixona e se envolve do jeito que pode”, afirma.


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