(Lucas Prates)
O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado estadual Agostinho Patrus, afirmou na manhã desta sexta-feira (12) que irá devolver ao governo do Estado a lista de servidores que foram vacinados contra a Covid-19 mesmo sem terem prioridade conforme critérios estabelecidos.
Segundo o parlamentar, a quantidade de nomes é inferior à citada pelo ex-secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral. Ele cobrou que uma nova lista seja entregue com urgência.
“Em primeiro lugar, o papel que chegou à Assembleia contém número de nomes inferior ao apresentado pelo ex-secretário de Saúde. A lista também não apresenta o timbre da Secretaria de Saúde, o que gera dúvidas quanto à sua autenticidade. A ALMG continuará determinada a encontrar a verdade e não aceitará meias respostas. Aguardo, com urgência, a lista correta”, disse em uma publicação no Twitter.
Nesta quinta, o até então titular da pasta havia informado que 806 integrantes da secretaria estadual e das correspondentes municipais foram imunizados. Após a polêmica, ele foi desligado do cargo, que será assumido pelo médico Fábio Baccheretti, atual presidente da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
Em resposta à publicação, o líder do governo na Assembleia, deputado Gustavo Valadares (PSDB), que foi citado pelo presidente da ALMG, disse que o Executivo estadual está preparando uma nova relação dos nomes. “A lista foi enviada pelo Secretário de Saúde, que não faz mais parte do governo. A lista foi enviada no início da tarde, e no meio da tarde surgiram novos nomes vacinados e o secretario foi demitido. A nova lista já está sendo enviada pelo governo de Minas”, afirmou, concluindo que o governador Romeu Zema “exigiu transparência e apuração na lista de vacinados”.
Detalhamento de doses
Também pelo Twitter, Agostinho Patrus disse que vai solicitar ao governo de Minas as informações sobre a destinação de cada dose recebida pelo Ministério da Saúde.
“Quantas a cada município, quantas para a Secretaria de Saúde e, destas, a identificação completa de cada pessoa vacinada, servidor ou não do Estado. O episódio é gravíssimo e a Assembleia não se contentará com nada menos que a totalidade das informações”, concluiu.