(Flávio Tavares)
Preocupado. Assim ficou o deputado estadual João Leite (PSDB), em relação às denúncias feitas pelo Hoje em Dia na série de reportagens que retrataram a rotina de crimes na Praça 7, no Centro de Belo Horizonte. Na próxima semana, o parlamentar vai reunir os integrantes da Comissão de Segurança, da qual é presidente, para discutir uma maneira de coibir os ilícitos no local.
Ele afirmou que irá se encontrar com a coronel Cláudia Romualdo, comandante do Policiamento da Capital (CPC), recentemente empossada no cargo, para expor a ela a preocupação da comissão e pedir providências.
O vereador Arnaldo Godoy (PT), que também acompanhou a série de reportagens, disse que os problemas na Praça 7 acontecem “devido à atitude passiva das autoridades de segurança pública”. “Isso revela a faceta da polícia de não querer agir. Só age quando o crime é mais violento”, afirmou Godoy.
O vereador resume a situação da Praça 7 numa palavra: “Grave”. “O poder paralelo, cada dia mais, ganha confiança para atuar, furtando celulares, relógios, computadores e outros objetos, vendendo tudo a receptadores, que se misturam a pessoas que frequentam a área para jogar damas”, diz Godoy.
Comércio
“Impressionado. Fico de boca aberta”. Essa foi a reação do presidente da Associação Comercial de Minas Gerais, Roberto Luciano Fagundes, sobre a série de reportagens do Hoje em Dia. Mais impressionado ele disse ter ficado porque observa a presença da polícia na praça, que dispõe de quatro câmeras do Olho Vivo, “e ainda assim os ilícitos acontecem”.
A sede da ACMinas fica próximo da Praça 7 e, por duas vezes, sofreu assalto. “Felizmente, sempre temos pouco dinheiro em caixa, mas o susto foi muito grande”. Roberto Fagundes chegou a pensar em mudar a sede para um lugar mais distante, tanto devido aos assaltos como também pela falta de espaço para estacionamento.
Estratégia
Fagundes até sugeriu ao comando da Polícia Militar a reviver o policiamento feito em dupla (Cosme e Damião).
Ele lamentou a degradação da Praça 7 e enfatizou que a questão esbarra também na Justiça e nas leis, que permitem prender e soltar os envolvidos em crimes logo em seguida, o que frustra, inclusive, as ações da polícia.