(Divulgação/Polícia Civil)
O convite para testes em grandes times de futebol eram apenas um meio para chegar à adolescentes por uma rede de exploração sexual. O esquema foi descoberto pela Polícia Civil e cinco pessoas foram presas na madrugada de quinta-feira (5). O grupo teria abusado de pelo menos dez garotos, com idade entre 15 e 17 anos, em Teófilo Otoni, no Vale do Jequitinhonha, Belo Horizonte e região metropolitana.
Segundo o delegado Rodrigo Collen, do Departamento de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio, as investigações começaram em setembro desse ano, após o avô de uma das vítimas achar conversas em redes sociais, entre o menor e um dos pedófilos, que combinavam programas sexuais.
A partir daí, a Polícia Civil abriu o sigilo telefônico e de internet do grupo, que aliciava e explorava sexualmente dos adolescentes há pelo menos um ano. “Há indícios que vinham cometendo esse crime há algum tempo. A investigação continua. Outras pessoas ainda podem ser presas e esperamos o aparecimento de mais vítimas”, disse.
Esquema
Segundo o delegado Collen, um dos autores, o assessor parlamentar Telmar Marques, de 49 anos, observava adolescentes em peladas de futebol, em bairros pobres. A partir daí, o homem se aproximava dos jovens e os convidava para bares ou restaurantes para fazer ofertas de testes em grandes times de futebol.
Pórem, os encontros eram para fazer ofertas de programas sexuais com o grupo, em troca de valores entre R$ 10 e R$ 50, além de presentes e ingressos para shows. Alguns dos jovens chegaram a ser levados para um sítio em Esmeraldas, na Grande BH, para participar de orgias.
Suspeitos
Suspeitos responderão por exploração sexual de menores e podem pegar entre quatro e dez anos de prisão. (Foto: Hoje em Dia)
Além de Telmar, os outros presos são o radialista Luís Pereira Sanders Filho, de 51 anos; o servidor federal Francisco Henrique Machado Baeta, de 51; o professor Ataíde Alves Filho, de 49; e o educador municipal em Esmeraldas José Wilson Rodrigues de Oliveira, de 48. Um advogado também era investigado.
Na casa dos acusados, além de computadores, um vasto material pornográfico foi apreendido, incluindo fotos das vítimas nuas. O grupo responderá por exploração sexual de menores e pode pegar entre quatro e dez anos de prisão.