Quem anda pelos corredores dos prédios da Fafich, Fale e Ciência da Informação, no campus Pampulha da UFMG, está acostumado a se deparar com vários gatos transitando pelo local. Além de ter se tornado ponto de abandono de animais há alguns anos, a universidade agora enfrenta outro problema. Os bichinhos que recebiam os cuidados da comunidade acadêmica estão sendo mortos. A situação está tão preocupante que a Associação Brigada dos Animais sem Teto - BastAdota está oferecendo uma recompensa para quem tiver informações sobre os suspeitos de cometerem os crimes.
Segundo o professor do departamento de História da UFMG e integrante da BastAdotar, Luiz Carlos Villalta, os assassinatos estão ocorrendo de forma brutal. “Eles escolhem os mais dóceis e filhotes para matar. Têm requintes de crueldade, não são mortes qualquer”, destaca.
Villalta relata também que os comedouros comprados com recursos da associação para alimentar os gatos que moram na universidade estão sendo todos destruídos, deixando os animais sem comida e água potável.
Devido à frequência dos atos, o professor suspeita de que os crimes estejam sendo cometidos por alguém que frequenta a UFMG, como alunos, professores ou funcionários. “Tudo indica que temos um ou mais psicopatas nesses prédios”, alerta.
Para tentar resolver a situação, a BastAdotar já registrou ocorrência na Delegacia de Proteção Animal da Polícia Civil, localizada. Mas, conforme Villalta, até agora nenhuma atitude foi tomada por parte das autoridades.
O jeito encontrado pela associação para frear os assassinatos dos bichinhos foi oferecer uma recompensa de R$2mil reais para quem tiver informações que possam ajudar a esclarecer os fatos. “Não vamos agir com as próprias mãos, mas vamos descobrir e forçar as autoridades a tomarem alguma providência”, explica.
O professor ainda ressalta que todos têm consciência de que a universidade não é o lugar adequado para os gatos. “Mas eles foram abandonados lá e, não encontrando quem os adote, nós temos que cuidar deles”.
As pessoas que quiserem ajudar a associação podem buscar mais informações na página da instituição no Facebook: https://www.facebook.com/bast.adotar/
Procurada pela reportagem, a UFMG ainda não se posicionou sobre a situação.