(Samuel Costa/Hoje em Dia)
A Associação Pró-Interesse do Bairro Bandeirantes (Apibb) protocolou nesta segunda-feira (17) uma petição junto ao Ministério Público, pedindo uma resolução para a situação das capivaras na Lagoa da Pampulha. A Apibb também prepara um documento que deve ser entregue à Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco) na próxima quinta-feira (20), caso a Prefeitura de Belo Horizonte não tome medidas efetivas.
De acordo com Renata Vilela, advogada da associação, os moradores do bairro ficaram muito assutados com o caso do garoto Thales Martins Cruz, que morreu de febre maculosa após participar de atividades no parque ecológico da Pampulha e ser picado pelo carrapato estrela, muito comum em capivaras.
A advogada explica que a situação ficou pior quando a prefeitura recebeu uma notificação judicial para a retirada das capivaras do entorno da lagoa, no último dia 10, e não atendeu ao pedido. “A Pampulha é uma das principais áreas de lazer da cidade e o município não pode continuar omisso”, reclamou.
Para tentar resolver o problema, os diretores da Apibb se reuniram e elaboraram os documentos. A petição que pode ser entregue à Unesco esta semana ainda está em processo de avaliação. “Se a prefeitura não apresentar cronograma de resolução total do problema, não só com a retirada das capivaras, mas tratando todos os animais soltos e dedetizando o parque ecológico e outras áreas verdes, vamos enviar o documento com o fundamento de que a população e os turistas não podem usufruir do local que se tornou patrimônio devido à situação de risco”.
Diante da situação, a assessoria da Prefeitura de Belo Horizonte disse que aguardará o Ministério Público se manifestar e só começará as ações quando houver um entendimento de todas as partes envolvidas, que são a Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Fundação Zoo-Botânica, Regional Pampulha e Procuradoria.