UPAs de BH registram aumento da procura de pacientes com sintomas respiratórios (Maurício Vieira / Hoje em Dia)
O número de atendimentos de pacientes com Covid-19 e sintomas gripais em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Belo Horizonte está em alta. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (9) pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindibel), que representa os profissionais de saúde que atendem nas UPAs da capital.
De 30 de maio a 3 de junho, foram 25,8 mil atendimentos, o que representa um crescimento de 286,8% em comparação aos últimos dados disponibilizados pela PBH, no final de março, quando foram 6.669 pacientes atendidos.
Segundo o levantamento do sindicato, dos 25,8 mil atendimentos, 7.290 apresentaram resultado positivo para Covid, indicando uma incidência de 28,25% do coronavírus entre os casos de sintomas respiratórios na cidade.
Além disso, cada um dos 152 Centros de Saúde da capital tem atendido, em média, 170 pacientes com sintomas gripais por semana, dos quais cerca de 50 testam positivo para Covid.
O Sindibel afirmou que, com o aumento da procura, há relatos de sobrecarga dos serviços de saúde, que "já trabalham em escala reduzida na rede municipal".
Ainda segundo o sindicato, os números atuais são semelhantes aos de janeiro de 2022, quando o Estado atravessava uma onda de casos impulsionada pela variante Ômicron da Covid-19.
Equipes desfalcadas
O Sindibel disse que, pelo menos, 120 das 589 equipes de Saúde da Família estão sem médicos e faltam 80 pediatras, inclusive em UPAs. Essa situação estaria gerando insatisfação na população, conforme a entidade.
O sindicato encaminhou à Prefeitura de Belo Horizonte uma lista com sete revindicações. Entre elas, o retorno do Comitê de Enfrentamento à Covid, a convocação de médicos aprovados em concursos públicos e a disponibilização do boletim epidemiológico diário.
Veja a lista de pedidos:
Resposta da Prefeitura de BH
Em nota, Prefeitura de Belo Horizonte respondeu aos questionamentos apresentados pelo sindicato. O município afirmou que a alta nos atendimentos está associada à sazonalidade das doenças que provocam sintomas respiratórios.
Sobre a falta de médicos, a Prefeitura disse que monitora a situação e que tomou providências necessárias para suprir a defasagem. O município também reforçou que recomenda o uso de máscaras em alguns locais e que já está previsto o início da aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 em trabalhadores da saúde.
Veja a nota na íntegra:
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