(Divulgação/Copasa)
A Rede de Monitoramento Covid Esgotos da Agência Nacional de Águas (ANA) divulgou um alerta sobre o aumento das cargas virais do coronavírus no esgoto de Belo Horizonte.
O resultado da pesquisa em esgotos tem sido uma ferramenta importante para o acompanhamento da pandemia de Covid-19 no país. A quantidade de vírus no esgoto é capaz de antecipar em até duas semanas os casos clínicos divulgados.
A alta, segundo a Rede, foi registrada as semanas que começaram no dia 3 de maio e no dia 10 de maio, referentes às semanas epidemiológicas 18 e 19, respectivamente.
Os dados foram obtidos pela soma das cargas afluentes às duas Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) do Arrudas e do Onça, que atendem a cerca de 70% da população da capital e de parte de Contagem, na região metropolitana.
As medições feitas nas 18ª e na 19ª semanas epidemiológicas registraram cargas virais no esgoto iguais a 31 bilhões e 72 bilhões de cópias genômicas do SARS-CoV-2 por dia por 10 mil habitantes, respectivamente.
O valor registrado na semana epidemiológica 19 foi quase 5 vezes superior ao registrado na última semana de abril, que foi igual a 15 bilhões de cópias por dia por 10 mil habitantes.
O aumento do número de novos casos de COVID-19 também vem sendo observado na capital. Comparado à semana epidemiológica de 26 de abril houve um aumento de cerca de 2 vezes no número de novos casos confirmados e de cerca de 6 vezes no número de novos casos suspeitos de COVID-19 na semana epidemiológica de 10 de maio.
Importância da medição
De acordo com especialistas, não há relatos documentados de que o vírus da Covid-19 tenha capacidade de infecção e replicação quando presente em resíduos fecais, esgoto sanitário e na água.
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