Aumento da passagem de ônibus em BH passa a valer a partir de sábado

Thaís Mota - Hoje em Dia
08/05/2014 às 19:21.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:30
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

A partir do próximo sábado (10), as tarifas de transporte público de Belo Horizonte voltarão a ser reajustadas em 7,5%. O percentual foi anunciado no início do mês de abril, mas a medida foi suspensa por meio de liminar da Justiça atendendo a um pedido do Ministério Público. Entretanto, nesta quinta-feira (8), o juiz da 4ª Vara de Feitos da Fazenda Pública Municipal, Renato Luis Dresch, revogou a decisão e indeferiu novo pedido do MP para anular definitivamente o aumento.   Com a decisão da Justiça, o preço do ônibus convencional e das linhas que fazem integração com o metrô sobem de R$ 2,65 para R$ 2,85. Os coletivos circulares passam de R$ 1,90 para R$ 2,05. Já os ônibus que circulam em Vilas e Favelas, cuja passagem custava R$ 0,60, passará a R$ 0,65. O transporte do serviço executivo das linhas curtas sobe dos atuais R$ 4 para R$ 4,40 e das linhas longas de R$ 5 para R$ 5,45. Além dos ônibus, o serviço de táxi-lotação será aumentado de R$ 2,90 para R$ 3,15.   Em entrevista ao Hoje em Dia, o promotor Eduardo Nepomuceno, autor da ação do Ministério Público, adiantou que vai recorrer da decisão da Justiça. "Entendo que o fato de o Tribunal já ter se manifestado outras vezes em favor da suspensão, indica que ele continua atendendo a esse interesse público. Por isso, com certeza, ingressaremos com um recurso". Ainda conforme o representante do MP, o órgão trabalhará para entrar com o recurso ainda esta semana ou, no máximo, no início da próxima semana.   Já os representantes do Tarifa Zero repudiaram a decisão da 4ª Vara e prometeram um protesto para os próximos dias. "O juiz desconsiderou todo o trabalho de contestação da auditoria da Ernst & Young que nós fizemos juntamente com a Auditoria Cidadã da Dívida e que apontou diversas falhas e irregularidades", lamentou Daniela Godoy, integrante do movimento. Ela se refere a uma análise realizada em conjunto pelos movimentos sociais e que apontou vários vícios no estudo da Ernst & Young, consultoria contratada pela BHTrans e pela Prefeitura de BH para verificar os contratos de concessão do transporte público na capital. 

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