(Lucas Prates/ Hoje em Dia)
Apesar dos novos horários dos ônibus metropolitanos de BH, que agora retornam ao quadro pré-pandemia, usuários do transporte público reclamam que ainda há diversos problemas nas linhas da capital. E com o aumento da tarifa nos últimos dias, o pedido por melhores condições de deslocamento se fez ainda mais forte.
A técnica de enfermagem Valeria Fátima, de 52 anos, sai do trabalho diariamente às 7h no hospital Madre Tereza, na avenida Raja Gabaglia. Ela vem até a Estação Diamante, no Barreiro, para depois pegar nova condução até perto de casa.
"Geralmente, são quase três horas para chegar em casa, mesmo estando no contrafluxo do trânsito. Várias vezes, o motorista não para, os horários nem sempre são respeitados, e quase todo dia vejo alguma depredação nos ônibus", desabafa.
Para ela, o aumento na tarifa precisa ter um impacto diferente do que tem sido visto nos reajustes aplicados ao longo do ano. "Felizmente, eu recebo vale-transporte, e por isso a conta não pesa no bolso. Mas é tanto transtorno que a gente pode enfrentar na volta para casa, que acaba desanimando do mesmo jeito", completa.
Por outro lado, quem precisa bancar o aumento com o próprio dinheiro agora tenta maneiras alternativas, como o assistente financeiro Rafael Calegário, de 20 anos. "Como não pego ônibus todo dia, o baque é menor, mas mesmo assim, gasto cerca de R$ 150 todo mês com as passagens, e vou fazer de tudo para gastar no máximo mais R$ 60. Enquanto puder, vou ter que pagar essa nova tarifa, mas a ideia que já discutimos na empresa é planejar algum sistema de caronas, por exemplo, porque tem muita gente que depende desses ônibus e nem sempre vai poder pagar", explica.
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