pandemia

Aumento de casos de Covid-19 é esperado no frio, mas não o suficiente para novo pico, diz secretário

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
02/05/2022 às 15:32.
Atualizado em 02/05/2022 às 15:37
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

O número de casos de Covid-19 deve aumentar em Minas nos próximos meses, mas não será suficiente para um novo pico da doença. No cenário atual, a cada 100 testes RT-PCR para detectar a doença, quatro são positivos. A projeção foi apresentada pelo secretário de Estado da Saúde, Fábio Baccheretti, nesta segunda-feira (2).

Ele explica que o aumento de casos será provocado pela chegada das frentes frias, comuns nesta época do ano. “No outono e inverno há um aumento de casos, é algo natural de acontecer. (...) Mas o número de casos como nós tivemos em janeiro e fevereiro com a Ômicron, o número de óbitos como no ano passado, chegamos a mais de 500 óbitos por dia, isso provavelmente não vai acontecer. A gente vem observando cada cenário. E a gente está sempre olhando pra fora do país e, geralmente as novas cepas, de gripe ou de covid, vem fora do país”, disse em entrevista à Rádio Itatiaia.

Mesmo com o relaxamento das restrições sanitárias, como a desobrigação do uso das máscaras, que passou a valer neste domingo (1º), as políticas de enfrentamento contra a pandemia continuam e não há previsão para encerrar a situação de emergência em saúde em Minas, provocado pela Covid-19.

“A emergência em saúde continua no Estado, no mês de maio, não há nenhuma pressa para retirar. Mas isso deve acontecer logo e não vai afetar as políticas de enfrentamento da pandemia”, afirmou o secretário.

Atualmente, há cerca de 100 pacientes internados com caso suspeito de Covid-19 no Estado, para 2,6 mil leitos disponíveis. “Podemos ir voltando à vida à normalidade. É importante esse passo”, recomendou. 

Vacinação contra gripe e sarampo 

Apesar da melhora do cenário, outra preocupação do gestor em saúde, é a adesão às campanhas de vacinação do Estado contra a gripe e o sarampo.

No caso da gripe, somente um a cada quatro idosos compareceram aos postos de saúde para se imunizarem, em abril. “A cobertura vacinal está muito baixa. Nós tivemos uma adesão baixa dos idosos do grupo acima de 60 anos. Não adianta demorar, a gripe é para agora”, alerta.  

A campanha de vacinação contra a gripe vai até o dia 3 de junho e depois será ampliada para toda população. 

Em relação ao sarampo, o gestor em saúde mostrou preocupação com o retorno da incidência da doença e também convocou pais e responsáveis por crianças com idades entre seis meses e cinco anos para levarem os pequenos aos postos de saúde. 

“Eu como médico não vi nenhum caso de sarampo durante toda a minha na faculdade, porque era erradicada e ela voltou por falta de vacinação”, concluiu o secretário.

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