Avaliada em R$ 4 milhões, carga com 82 toneladas de cobre é apreendida pela polícia em Minas

Anderson Rocha
arocha@hojeemdia.com.br
28/01/2021 às 13:18.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:02
 (PCMG/Divulgação)

(PCMG/Divulgação)

Três homens são investigados pela Polícia Civil por suspeita de furto, derretimento, receptação e revenda de cobre em Minas. Na terça-feira (26), 82 toneladas do material, avaliadas em aproximadamente R$ 4 milhões, foram apreendidas pela corporação, que cumpriu sete mandados de busca e apreensão em BH e no interior.

A ação é um desdobramento da operação Cobre, desencadeada em dezembro do ano passado, quando outras 11 toneladas do material já haviam sido apreendidas. De acordo com os investigadores da 1ª Delegacia Especializada de Investigação de Furto e Roubo, a apuração teve início em outubro de 2020, após denúncias de que fios de cobre estariam sendo frequentemente furtados em Santa Bárbara, na região Central do Estado. 

A investigação mostrou que o material era retirado de semáforos e de linhas telefônicas e de transmissão de energia elétrica. Em seguida, transportado para Pequi, na mesma região, onde passava pelo processo de retirada da capa plástica, trituração e fundição em barras. 

O material seria revendido em um galpão em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Segundo os policias, o metal era, inclusive, comercializado para o exterior, incluindo Canadá, China e países da Europa.

Mandados e organização criminosa

Nessa terça-feira, os policiais foram ao local de fundição, em Pequi. Lá, cumpriram sete mandados de busca e apreensão e recolheram as 82 toneladas de cobre, sendo que 99% do metal já estava na fase de trituração.

Os investigados, segundo a PC, são: um envolvido no furto, que não foi preso por falta de flagrante; um homem que seria dono da usina de fundição em Pequi e um guarda municipal de BH, cujo nome consta como proprietário do galpão supostamente utilizado para a receptação em Contagem.

Segundo o delegado-chefe da investigação, Rafael Horário, os três homens são investigados por lavagem de dinheiro e há uma possibilidade de crime de organização criminosa. "A gente precisa analisar a divisão dessas tarefas. Isso tem que estar bem esclarecido para o juiz, para que ele tenha noção de que há essa organização criminosa", afirmou o investigador. Conforme Horário, a Receita Estadual vai apoiar a investigação. 

Procurada, a Corregedoria da Guarda Civil Municipal afirmou que repudia "toda e qualquer ilegalidade na conduta de seus agentes".

Além disso, informou que já determinou a instauração de procedimento administrativo disciplinar para apurar de forma rigorosa a conduta do agente, e que do procedimento de apuração poderá resultar inclusive a demissão do servidor se comprovada a conduta irregular.

"Esclarece finalmente que prestará toda e qualquer informação que possa subsidiar a Polícia Civil no esclarecimento do fato", declarou, em nota.

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