Avô, pai e neto são alvos de operação da Polícia Civil em Santa Luzia

Uma operação do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesta quinta-feira (12), terminou com a prisão de seis pessoas. Entre os alvos da ação, três gerações de uma mesma família: Avô, pai e neto. Um servidor estadual também está entre os envolvidos.   Segundo a Polícia Civil, cerca de 60 policiais participaram da ação, entitulada Operação “Caldeirão do Inferno”. A ação visava o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão contra suspeitos de participação em homicídios e tráfico de drogas em Santa Luzia. No Bairro Palmital foram presas seis pessoas, apreendidos dois menores, além de drogas, armas, munição, dinheiro e material para dolagem de drogas.    Henrique Teixeira Chaves (conhecido como Bob Marley e funcionário concursado da MGS), de 32 anos, Genário dos Anjos Dias, de 36, Thiago Henrique Gonçalves Silva (o Thiago Gogó), de 21, Vando Vinicius de Souza Maia, de 23, e Jeferson Ferreira Mota (o Jefinho), de 19, foram presos temporariamente pelo crime de associação ao tráfico de drogas. Outros dois menores foram apreendidos pelo mesmo crime.   São considerados foragidos Anderson Gomes do Vale (o Magú), de 23 anos, Ítalo Cristian Ferreira de Souza, de 22, Vinícius Medina dos Santos, Raimundo Maia da Silva, de 48, e Vicente Maia da Silva, de 81.     Vando, Raimundo e Vicente pertencem à mesma família, sendo, respectivamente filho, pai e avô. Investigações apontam que Vando era ‘gerente’ do tráfico, enquanto seus parentes atuavam como ‘aviões’, cobrando dívidas, distribuindo munições, entre outras atividades. Os presos pertencem a uma mesma gangue que atua no tráfico de drogas na região conhecida como Caldeirão do Inferno.    O grupo passou a ser investigado no ano passado em razão da morte de Jorge dos Reis Santos, de 17 anos, assassinado em 17 de agosto de 2014. Segundo o delegado Christiano Xavier, responsável pelas investigações, durante apuração das circunstâncias da morte de Jorge, a Polícia Civil identificou uma extensa rede de associação ao tráfico de drogas, responsável pela comercialização dos entorpecentes na região. Ao todo, 12 pessoas foram relacionadas ao crime, sendo dois adolescentes.   “As investigações evidenciam claramente uma organização criminosa articulada e com divisão de funções, assim como uma pequena empresa”, ressalta o delegado Xavier.  Levantamentos apontam ainda o envolvimento de integrantes dessa quadrilha em pelo menos cinco homicídios registrados entre 2013 e 2014. Para Xavier, todos esses homicídios têm como ‘pano de fundo’ o tráfico de drogas. A Polícia ainda investiga o envolvimento de outras pessoas na quadrilha.    (* Com PC)