Bacia de contenção de enchentes em Contagem é entregue após mais de um ano de atraso
Previsão era que a obra fosse entregue em 4 de janeiro de 2024
Bacia B3 foi entregue nesta segunda-feira (18) em Contagem, na Grande BH (Cristiano Machado/ Imprensa MG)
A segunda bacia de contenção de enchentes foi entregue em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesta segunda-feira (18), após um ano e meio de atraso nas obras. Trata-se da bacia B3, localizada no bairro Água Branca (antiga Vila PTO), que faz parte do conjunto de intervenções em córregos da Grande BH. Ela está pronta desde abril, mas só agora o empreendimento foi oficialmente inaugurado pelo governador Romeu Zema (Novo).
A bacia busca prevenir enchentes na avenida Tereza Cristina, em Belo Horizonte, e evitar o transbordamento dos córregos Ferrugem e Ribeirão Arrudas no período chuvoso. A estrutura tem capacidade para conter mais de 102 milhões de litros de água, o que equivale a 41 piscinas olímpicas.
“A B3 vai amenizar em muito um problema de décadas. O estado investiu R$ 107 milhões e a Prefeitura de Contagem, R$ 7 milhões, totalizando, R$114 milhões de investimentos apenas neste empreendimento. (...) Ela (bacia B3) faz parte de uma série de obras que visam amenizar as enchentes no Ribeirão Arrudas e seus afluentes”, disse Zema.
A obra é resultado de um convênio firmado entre o Estado e a Prefeitura de Contagem, em maio de 2022, no valor de R$ 114,1 milhões, que também contempla a construção da Bacia Vila Itaú (B4).
O reservatório integra o projeto de Requalificação Urbana e Ambiental e de Controle de Cheias do Córrego Ferrugem, que prevê a implantação de três bacias para reduzir enchentes e promover melhorias urbanas e ambientais na região.
Atraso de um ano e meio na entrega da bacia B3
A obra, que começou em 9 de janeiro de 2023, deveria ser entregue em até 360 dias, ou seja, até 4 de janeiro de 2024. Questionado sobre o atraso na entrega da obra, o vice-governador Mateus Simões (Novo) afirmou que o assentamento das famílias que viviam na Vila PTO tomou mais tempo do que o esperado.
“O reassentamento é que tomou tempo. Tudo é feito pelas prefeituras, o governo do estado é patrocinador financeiro das obras, mas não as opera. A gente entende que as prefeituras tenham passado por alguma dificuldade, tanto Contagem, quanto Belo Horizonte, para que esse processo aconteça de forma mais natural”, explicou.
Outras obras em andamento
Além da B3 e da B4, estão previstas as Bacias Rio Volga (B2) e Toshiba (05A), em Contagem, e a Bacia Vila Sport Club (B5), em Belo Horizonte.
As estruturas devem beneficiar aproximadamente 250 mil pessoas, que aguardam uma solução para a situação dos alagamentos há mais de 15 anos. Segundo o governo, o investimetno é de R$ 400 milhões, sendo R$ 212 milhões provenientes do Acordo Judicial de Brumadinho.
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