(Maurício Vieira)
A cervejaria Backer terá que custear despesas médicas de consumidores que estão em tratamento de saúde por intoxicação supostamente após o consumo da cerveja Belorizontina contaminada com dietilenoglicol.
A decisão foi tomada em audiência entre representantes da cervejaria e familiares de consumidores em uma reunião realizada nessa quinta-feira (30), na 14ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Belo Horizonte, quando as vítimas expuseram as necessidades de custeio médico para recuperação dos familiares que foram intoxicados. Maurício Vieira / Hoje em Dia
O número de casos suspeitos de intoxicação provocada pelo dietilenoglicol já chega a 30, https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/sobe-para-30-o-n%C3%BAmero-de-casos-investigados-de-intoxica%C3%A7%C3%A3o-por-suposta-cerveja-contaminada-em-minas-1.770228. Desses, 22 são de Belo Horizonte e os demais foram registrados nas cidades de Capelinha, Nova Lima, Pompéu, São João Del Rei, São Lourenço, Ubá e Viçosa. No total, quatro mortes podem estar relacionadas à síndrome nefroneural, supostamente provocada pela substância tóxica que foi encontrada em amostras da cerveja Belorizontina, da Backer.
A cervejaria concordou com a decisão de custear as despesas solicitadas, ou apresentar negativa fundamentada, em até 72 horas após atendimento individual a cada vítima. Segundo o MPMG, a Backer agendou reuniões com familiares dos pacientes.
Também ficou acordado que a cervejaria fornecerá acompanhamento psicológico para as vítimas e seus familiares e, de acordo com a promotora de Justiça Silvia Altaf, a intenção foi a de tentar agilizar a assistência às vítimas. Ela ainda informou que os procedimentos instaurados no MPMG para apuração do caso continuarão com andamento.