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A desobrigação do uso da máscara em locais fechados ainda é uma realidade distante na Grande BH, caso as prefeituras sigam à risca a recomendação da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). A proteção contra a Covid só deve ser dispensada após elevados índices de vacinação, o que não ocorre na maioria das cidades.
Especialistas afirmam que abandonar o equipamento nesse momento é precoce. No entanto, a decisão caberá a cada município. Em Belo Horizonte, que tem os melhores números de imunização da região metropolitana, o assunto já é discutido, conforme a nova secretária municipal de Saúde, Cláudia Navarro.
“A gente segue a questão epidemiológica, olhando os casos, internação. Nessa gestão vamos ouvir especialistas em cada área para mudanças, mas essa é uma das primeiras coisas que nós vamos discutir e informar a população”, disse a médica, no mesmo dia em que foi nomeada como titular da pasta.
O Estado recomenda que o uso da máscara deve ser mantido até que os municípios atinjam 80% da população acima dos 5 anos com o esquema vacinal completo e 70% com a terceira dose. Além de BH, apenas mais duas cidades estão aptas, ou bem próximas dos índices. Fazem companhia à capital Confins e Nova União.
Prudência
Mesmo diante do avanço da vacinação, a desobrigação deve ser avaliada com prudência. É o que defende o infectologista Unaí Tupinambás, que integrou o Comitê de Enfrentamento à Covid em BH – o grupo foi extinto.
“Nossa transmissão ainda é alta. Veja o que está acontecendo no Reino Unido, China, Coreia do Sul e Hong Kong”, afirmou, considerando um aumento no número de casos em outros países do mundo.
Para o médico, o ideal é seguir com o uso do acessório, pelo menos, durante “todo outono e inverno”.
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Fonte: SES-MG