Balanço revela 104 acidentes na BR-251 no 1º semestre

Christine Antonini
De O Norte
17/07/2018 às 20:33.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:27
 (CBMMG/DIVULGACAO)

(CBMMG/DIVULGACAO)

O grave acidente da última segunda-feira na BR-251, no Norte de Minas, que deixou oito mortos e 61 feridos, engrossa a estatística de tragédias na rodovia. A cada semana, pelo menos uma pessoa perde a vida na estrada. Ontem, mais uma ocorrência foi registrada na estrada. Um caminhão de óleo tombou próximo a Salinas, na mesma região. Não houve vítimas.

Nos seis primeiros meses deste ano, foram 104 acidentes – média de dois a cada 24 horas –, que deixaram 157 feridos e 23 óbitos, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Desde 2015, o número de colisões vem diminuindo, mas o de vítimas aumenta, o que mostra que as batidas estão mais violentas. Muitas delas envolvem veículos de carga.

“Grande parte dos acidentes registrados é devido à imprudência dos condutores. Já flagramos caminhoneiros e motoristas de ônibus dirigindo sob o efeito de álcool. Por isso, desde o ano passado estamos fazendo fiscalização constantemente para barrar esse tipo de condutor”, afirma a chefe da PRF no Norte de Minas, Heloísa Menezes.

A agente ressalta que motoristas que insistem nesse tipo de comportamento expõem ao risco de acidentes os ocupantes do veículo, a si mesmo e também aos demais usuários da rodovia.

Perigo

A BR-251 é considerada a rodovia mais perigosa do Norte de Minas. Além da precariedade do pavimento, a estrada não é duplicada e boa parte da pista é estreita, com curvas acentuadas. Neste cenário, o fluxo de veículos é intenso, principalmente os de carga pesada, como caminhões, bi-trens, carretas e cegonheiras.

Durante os feriados prolongados, a PRF sempre realiza o rodízio desses veículos em alguns trechos para tentar reduzir o número de acidentes. Segundo levantamento feito pela corporação, acidentes envolvendo o transporte de cargas nas rodovias mineiras têm sido cada vez mais letais – as mortes cresceram 30% em 2017, na comparação com o mesmo período de 2016.

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