(Corpo de Bombeiros)
Os dois homens suspeitos de incendiar um ônibus em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta terça-feira (17), deixaram para trás um bilhete denunciando uma possível situação de maus-tratos contra presos dentro da penitenciária de Formiga, no Oeste de Minas.
(PMMG/Divulgação)
"O único jeito de chamar a atenção de órgãos maiores foi essa”, diz trecho do bilhete. Segundo eles, os presos que estão na penitenciária estão “vivendo de um jeito desumano”.
Eles também ameaçam voltar a atacar coletivos. “Se não tomarem medidas, toda semana vamos estar colocando fogo… começamos por BH e vamos queimando até chegar em formiga”. A distância entre as cidades é de cerca de 200 km e, entre elas, estão mais de 20 municípios.
A reportagem do Hoje em Dia questionou a Secretaria do Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG) sobre a situação da unidade prisional de Formiga e sobre as ameaças feitas. Até a publicação da reportagem a pasta não havia respondido.
Incêndio
Dois homens armados invadiram o coletivo e render o motorista. O local fica próximo ao ponto final da linha 1750 (Águia Dourada/Estação Diamante).
Segundo o Corpo de Bombeiros, o veículo foi totalmente consumido pelas chamas. Houve vazamento de óleo que atingiu uma Fiat Toro, que estava do outro lado da pista. O carro também foi destruído.
Os suspeitos fugiram em um veículo branco e ainda não foram encontrados. Ninguém ficou ferido. O incêndio foi controlado após o trabalho dos bombeiros.
Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (SINTRAM), a reposição do veículo vai custar mais de R$ 600 mil aos cofres da empresa, já que o seguro da frota não cobre esse tipo de prejuízo. O sindicato também informou que está trabalhando junto às forças de segurança para identificar os autores do ato criminoso. O profissional envolvido irá receber acompanhamento do setor de Recursos Humanos da concessionária responsável pela operação da linha.