(CRISTIANO MACHADO)
Pelo menos 3 mil apaixonados por jazz e música instrumental ocuparam o quarteirão da rua Antônio da Albuquerque, entre Sergipe e Alagoas, na zona Sul de Belo Horizonte, durante parte da tarde e noitedeste domingo (24), para se despedir de mais uma edição do “Savassi Festival”. Com uma programação que durou nove dias e dezenas de artistas estrangeiros e brasileiros, o maior evento dedicado ao estilo musical da América do Sul foi encerrado com o show da Big Band Palácio das Artes e do trombonista norte-americano Chris Washburne. Este ano, pela primeira vez, o festival se apresentou em diversos teatros da capital, como o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e o Teatro Bradesco. E, no ano que vem, a festa volta a acontecer em quatro quarteirões fechados da Savassi. O objetivo, porém, ressalta o idealizador do evento, Bruno Golgher, não é aumentar o público. “Estamos encontrando nosso tamanho ideal”, afirmou. “Amigas da música”, como costumam dizer, Edwiges Lempp, de 59 anos, e Líbia Crossy, de 52, aproveitaram a festa de encerramento, na rua, para curtir o som da banda dinamarquesa Phronesis, penúltima atração. “Nos encontramos em todos os shows, todos os anos”, resumiu Edwiges. SEM SURPRESAS Para o ano que vem, Bruno dispensa surpresa e adianta: o festival trará a Belo Horizonte o pianista mexicano Artur O’Farrill. Mas, antes disso, acontece a segunda edição do “Savassi Jazz Festival New York”, entre 7 e 12 de setembro, com apresentação de 13 bandas, todas brasileiras. “Levar o ‘Savassi Festival’ para lá foi a forma que encontramos de manter a vitalidade criativa do evento”, explica Bruno.