(Luiz Costa/Hoje em Dia)
Terminou na noite desta quinta-feira (15), a manifestação unificada que foi realizada na região Central e Centro-Sul de Belo Horizonte. O ato contou com a participação de até aproximadamente 1.500 pessoas e ocorreu em pelo menos três pontos da capital mineira. Por volta das 15 horas, servidores municipais da saúde e da assistência social de BH fizeram concentração na Praça 7, no Centro. Em seguida, a categoria, que está em greve desde o último dia 6, fez passeata. Os servidores da saúde caminharam até a Secretaria Municipal de Saúde e os assistentes sociais tiveram como destino a sede da prefeitura, ambas na avenida Afonso Pena. Também no meio da tarde, os professores da rede estadual de educação decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 21 de maio durante assembleia geral. Após a reunião, feita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no bairro Santo Agostinho, cerca de 300 docentes saíram em passeata, mas até a Praça Raul Soares, no Barro Preto. Nesse local, ocorreu um protesto internacional contra a Copa do Mundo, que contou com a adesão de sindicatos em campanha salarial. Integrantes dos movimentos Tarifa Zero e Comitê Popular dos Atingidos pela Copa 2014 (Copac) também marcaram presença na manifestação, assim como moradores do acampamento William Rosa, em Contagem, na Grande BH. Juntos, todos seguiram, novamente, até a Praça 7. Ainda no coração de BH, integrantes do Tarifa Zero, que lutam contra o aumentos das passagens de ônibus, queimaram uma catraca em frente à prefeitura. Depois do incêndio, que já se tornou símbolo do movimento, cerca de 500 manifestantes caminharam até a Praça da Liberdade.
Durante todos os protestos, importantes cruzamentos foram fechados, o que causou um "verdadeiro nó" na cidade. Grande congestionamento foi formado e motoristas tiveram que ter bastante paciência para enfrentar a lentidão. Carlos França, representante comercial, ficou preso por alguns minutos. Ele tinha um voo para Curitiba às 20h30, mas, só às 18h45, conseguiu virar o carro da Afonso Pena, por exemplo. "É preciso conciliar as coisas porque o pessoal faz protesto, mas não olha as necessidades dos outros", desabafou. Após concentração na Praça 7, um grupo de aproximadamente 150 manifestantes ainda seguiu pela avenida Álvares Cabral e rua da Bahia em direção à Praça da Liberdade. No local, eles se reuniram em volta do relógio da Copa e, novamente, queimaram a catraca. Por volta de 21 horas, o movimento se dispersou. O protesto ocorreu de forma pacífica e, conforme a coronel Cláudia Romualdo, Comandante do Policiamento da Capital da Polícia Militar (PM), ninguém foi preso. Já segundo o coronel Antônio Carvalho, comandante do Policiamento Especializado (CPE), um grupo de cinco pessoas chegou a ser abordado por policiais por suspeita de esconder bolas de gude. Porém, todos foram liberados ao ser constatado que o material que guardavam era vinagre.