(Divino Advíncula)
Pelo segundo ano consecutivo, Belo Horizonte é eleita a capital nacional da Hora do Planeta. A data é promovida pela World Wide Fund for Nature (WWF) e buscar alertar para a sustentabilidade ações voltadas para alertar sobre as mudanças climáticas e aquecimento global. O anúncio da vitória belo-horizontina foi feito em Brasília, ao prefeito Márcio Lacerda, durante o III Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), nesta quarta-feira (8). Esta foi a segunda vez que cidades brasileiras participaram da Hora do Planeta – Desafio das cidades, disputa promovida pela WWF, em parceria com o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade. Segundo o prefeito Márcio Lacerda, a conquista do título, pela segunda vez, é o reconhecimento de que Belo Horizonte caminha para a sustentabilidade de forma consistente. “Nossa meta é reduzir em 20% as emissões de gases de efeito estufa até 2030 e temos feito grande esforço nesse sentido. A modernização do transporte público, a criação do selo BH Sustentável, a usina de biogás no aterro sanitário e a substituição das lâmpadas dos semáforos por luzes de LED são alguns exemplos”, disse. Disputa nacional Belo Horizonte concorreu com São Paulo e Rio de Janeiro, cidades também eleitas para concorrer ao Desafio das Cidades por júri técnico. Entre os critérios adotados, estão iniciativas urbanas nos setores de energia, transportes, gestão de resíduos e construções para a transição a uma economia de baixo carbono e com 100% de energias renováveis nas próximas décadas. Os planos de mitigação das mudanças climáticas também foram avaliados. Além das três cidades finalistas, também foram pré-selecionadas pela WWF as cidades de Betim (MG), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Manaus (AM), Campo Grande (MS), Maceió (AL) e Recife (PE). As cidades foram reportadas pelos governos locais em uma plataforma de registro de carbono para cidades (o Carbonn), reconhecida internacionalmente e administrada pelo ICLEI. Foram expostos dados relevantes, planos e ações em andamento para a transição a um clima mais equilibrado e melhor futuro do planeta De acordo com parecer técnico do júri internacional, BH foi eleita porque “apresenta uma estratégia de baixo carbono integrada, guiada por uma visão forte e construída através de ações concretas”. Entre os exemplos citados para a vitória da capital mineira estão a Usina Solar Fotovoltaica instalada na cobertura do Mineirão, e o fato da energia solar térmica ter se desenvolvido de forma adequada na cidade. Belo Horizonte é considerada a capital nacional de coleta solar para aquecimento de água, além do número considerável de edificações multifamiliares que aplicam essa tecnologia. Outro ponto destacado foi a iniciativa da Prefeitura foi a implantação do Plano Municipal de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa/Pregee, no âmbito do Comitê sobre Mudanças Climáticas e Ecoeficiência/CMMCE, que comporta um conjunto de medidas para viabilizar a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) sem prejudicar o desenvolvimento econômico da cidade. (* Com PBH)