BH pode ter ‘motolância’ para agilizar socorro

Lucas Eduardo Soares e Mariana Durães
horizontes@hojeemdia.com.br
14/09/2018 às 19:51.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:28
 (Prefeitura de Poços de Caldas/Divulgação)

(Prefeitura de Poços de Caldas/Divulgação)

Belo Horizonte pode ter motocicletas para atendimento a emergências de saúde na cidade. Nos próximos dias, projeto de lei que prevê o serviço, aprovado na Câmara Municipal, segue para avaliação do prefeito Alexandre Kalil. A “motolân-cia”, como é chamada, já é utilizada em Poços de Caldas, no Sul de Minas.

O programa “Motos que Salvam” busca agilizar os primeiros socorros a moradores da metrópole, em apoio ao Serviço de Atendimento de Urgência Móvel (Samu). Sobre duas rodas, os profissionais podem chegar rapidamente ao local do chamado, principalmente onde há retenção no trânsito e difícil acesso. 

Conforme o vereador Doorgal Andrada, autor do projeto, o objetivo é melhorar a capacidade de resposta e aumentar a eficiência do Samu. “Que já presta um serviço de alto nível”, completou.

o programa “Motos que Salvam” prevê atendimento feito em dois veículos, cada um conduzido por um técnico e munido de equipamentos básicos para a assistência

Medida benéfica 

O tenente Pedro Aihara, do Corpo de Bombeiros, considera a medida benéfica para a população. Ele destaca a agilidade das motos principalmente em grandes cidades e nos horários de pico. “Aumentam a capilaridade e a possibilidade do serviço”.

O militar adianta que, em breve, serão articuladas equipes mistas, compostas por bombeiros e agentes do Samu, para atendimentos com motocicletas. Não foram dados mais detalhes sobre a iniciativa.

Procuradas pela reportagem, a Secretaria de Saúde e a assessoria da prefeitura de BH informaram que só vão opinar sobre o tema após análise e sanção ou veto da proposta.

Exemplo

Cinco motolâncias foram entregues a municípios mineiros pelo Ministério da Saúde, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES): duas para a capital, duas para Contagem (Grande BH) e outra para Poços de Caldas. Até agora, o serviço funciona apenas na última cidade. Por lá, a implantação ocorreu em janeiro, com recursos próprios.

Flávio Togni de Lima e Silva, secretário de Saúde do município, diz que os atendimentos feitos pela motolância representam 10% do total realizado pelo Samu. Das 4.500 ligações recebidas a cada mês, 900 precisam de deslocamento de ambulâncias, sendo que 90 são feitos sobre duas rodas. Ainda segundo ele, as motos resolvem 70% dos casos em que são empenhadas.

A prefeitura da cidade solicitou, no início do ano, mais uma motocicleta. Porém, ainda não houve repasse do Ministério da Saúde. Procurada, a pasta não retornou até o fechamento desta edição.

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