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BH registra caso de superfungo Candida auris, infecção resistente a medicamentos e de fácil contágio

Paciente ficou internado no Hospital João XXIII e segue sendo monitorado

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 28/09/2024 às 13:54.

Resistente a medicamentos, de fácil contágio e difícil diagnóstico, a infecção pelo fungo Candida auris foi confirmada em um paciente que ficou internado no Hospital de Pronto Socorro (HPS) João XXIII, em Belo Horizonte. O caso de “superfungo” - como tem sido chamado - foi informado pelas secretarias de Estado (SES-MG) e Municipal (SMSA) de Saúde.

Segundo a SES, o caso foi notificado junto ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância Sanitária (Cievs). O paciente teve alta no último dia 26. Ele segue sendo monitorado. A idade e o sexo não foram informados.

Medidas de controle para proteção dos demais pacientes e profissionais da unidade foram tomadas pela Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig). Dentre as ações previstas estavam testes para detecção de novos casos e isolamento de suspeitos. 

Ainda conforme a SES, os casos são assintomáticos e o fungo se manifesta na pele dos pacientes infectados, sendo fundamental a prevenção.

A Secretaria Municipal de Saúde disse que a Vigilância Sanitária já orientou o hospital sobre as medidas necessárias para o controle da situação e acompanha o caso.

Saiba mais sobre o “superfungo” 

Outros casos já foram confirmados no país. Conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a levedura – tipo de fungo que possui apenas uma célula – causa grande preocupação às autoridades sanitárias por ser resistente à maioria dos fungicidas existentes. 

Os organismos do reino Candida são velhos conhecidos da população. Eles causam infecções orais e vaginais bastante comuns nos seres humanos, as candidíases, que são combatidas com fungicidas vendidos em qualquer farmácia.

No caso da candida auris, porém, as infecções têm se mostrado extremamente difíceis de curar. A espécie produz o que os cientistas chamam de biofilme, camada protetora que a torna resistente ao fluconazol, à anfotericina B e ao equinocandinao, três dos principais compostos antifúngicos.

A espécie é capaz também de infectar o sangue, levando a casos agressivos e muitas vezes letais. O patógeno também é difícil de identificar, podendo ser confundindo, em laboratórios, com outras espécies de Candida. 

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