(Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)
A despedida da folia momesca movimentou a rua João Lúcio Brandão, no bairro Prado, região Oeste de Belo Horizonte, na tarde deste domingo. A moçada do Balatucada, com os instrumentos de percussão, ditou a senha que faltava para a turma se esbaldar no calor da tarde de verão: "Não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar..."
A administradora de empresas Maíra de Andrade, moradora do bairro Santo Agostinho, passou o Carnaval no Rio de Janeiro, mas ontem ela não perdeu a oportunidade de se despedir da folia em Belo Horizonte."Parece que o povo não descansou do Carnaval. A folia continua", disse. Animada com a festa popular, ela afirmou que estava gostando do batuque, embora não gostassse de Carnaval. "No Rio, fui prá praia só. Mas samba, quanto mais melhor".
A auxiliar administrativa Gabriela Barroso, moradora do bairro da Lagoinha, era só entusiasmo com a folia. "Ontem e hoje eu vim brincar. Este ano, parece que o Carnaval daqui cresceu demais", disse. A estudante Bárbara Aro, moradora do bairro Prado, concorda com Gabriela: "Todo mundo disse que adorou o Carnaval de Belo Horizonte. Não teve confusão nos blocos", elogiou.
Pouquíssimos foliões se arriscaram a vestir uma fantasia. A maioria manteve o figurino básico, composto de short ou bermuda e camiseta. Não havia banheiros químicos no local da concentração. Vendedores ambulantes reclamaram do excesso de fiscais da prefeitura e de policiais militares na área. O trânsito foi controlado por PMs e agentes da BHTrans. Outros 20 PMs fizeram o policiamento da festa na rua. A previsão era de reunir mais de mil pessoas mas, até às 16h30, o público presente era inferior a 400 foliões, segundo a PMMG.