(Flávio Tavares/Hpje em Dia)
A diversificação dos estilos musicais é a aposta para atração de público que os bloquinhos do Carnaval 2015 de Belo Horizonte fazem. Além das tradicionais marchinhas e o samba, grupos encontram no axé, forró e, em outros ritmos, a maneira para agradar o maior número de pessoas.
“Os blocos conseguiram o crescimento do Carnval de BH. Mas até 2010, só se via como músicas basicamente as marchinhas. Foi ai que surgiu o Brilha que veio com o axé. Outros grupos surgiram nessa onda”, afirmou o percussionista Cristiano Di Souza, de 25 anos, um dos organizadores dos blocos “Então, Brilha!”. .
Di Souza também ajudou a criar outro bloco que também buscou a segmentação de estilo, o “Pisa na Fulô”. Neste caso, a marca adotada foi o forró. O administrador Paulo Bittencourt, de 27 anos, um dos organizadores do grupo, diz que será a estreia do bloco no Carnaval de BH, criado a partir de aulas de música.
A ideia, segundo Paulo, é que todos os gostos musicais tenham vez na festa. “O crescimento do Carnaval em BH é tanto, que só blocos com marchinhas saturaram. Ainda somos um grãozinho de areia, mas esperamos entre mil e 2 mil pessoas na nossa apresentação, no dia 13 de fevereiro”, explicou.
A designer Katerini Gomes, de 32 anos, aprova a segmentação de estilos musicais ao acompanhar, hoje, o ensaio do bloco “Pisa na Fulô”. “Isso é o diferencial. O resgate do Carnaval de rua em BH é mais interessante que mega produções como em São Paulo ou Rio de Janeiro. São tantas opções de blocos que fica difícil decidir em qual ir. Vou ter que abrir mão de alguns para ir em outros”, afirmou.
Lucro
O grande crescimento do Carnaval de BH não proporciona apenas opções e alegria para os foliões. Os ambulantes também já estão de olho na oportunidade de aumentar as vendas. Um deles, Lionaldo da Silva Batista, de 36 anos, diz acompanhar pela internet onde acontecerão os ensaios dos blocos de rua para ir aos locais e comercializar bebidas.
“Trabalho há 10 anos desta forma. Sempre ia para Abaeté ou Pompéu durante o Carnaval, mas como a festa em BH cresceu, prefiro ficar por aqui. O problema é que ficou tão grande, que aumentou também a concorrência”, explicou.