Blocos do Carnaval já podem se cadastrar para a folia de 2018 em BH; grupos tentam arrecadar verba

Ana Júlia Goulart
agoulart@hojeemdia.com.br
19/10/2017 às 20:55.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:18
 (Maurício Vieira)

(Maurício Vieira)

Para cadastrar os blocos, os representantes devem acessar a página pbh.gov.br/carnaval. O registro estará disponível até 17 de novembro e a expectativa é a de ultrapassar a marca de 350 grupos inscritos na festa deste ano

Faltam quatro meses para um dos eventos mais esperados da capital, mas a preparação já começou. O cadastramento dos blocos interessados em participar do Carnaval de 2018 foi aberto ontem pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). O registro estará disponível até 17 de novembro. A expectativa é a de ultrapassar a marca de 350 grupos inscritos neste ano.

O procedimento garante o atendimento de demandas como desvio de trânsito, limpeza, instalação de banheiros químicos e a segurança dos foliões. Na última festa de Momo, a Belotur lançou um edital para custear a sonorização e a contratação de artistas de alguns grupos. O órgão deve organizar o mesmo procedimento, mas ainda não há detalhes.

Ações

Em meio à busca por recursos, alguns grupos têm organizado várias ações. Água, som, trio elétrico, figurino e decoração estão na vasta lista de itens a serem pagos pelos blocos para garantir a folia. Os valores variam conforme o tamanho do desfile. No Havayanas Usadas, por exemplo, o custo chegou aos R$ 30 mil. O grupo arrastou mais de 50 mil pessoas durante o desfile na região Leste de BH.

Festas, venda de itens personalizados, financiamentos coletivos e até ‘passar o chapéu’ na bateria são algumas das iniciativas para ganhar dinheiro. “Colocar o bloco na rua exige muita organização e planejamento. Não só na parte musical, mas em todas as outras questões, inclusive a segurança. Arrastamos um público grande neste ano e, como a expectativa é ampliar, fica complicado manter o mesmo orçamento ”, afirma Cris Gil, uma das produtoras do Havayanas Usadas.

Blocos menores vivem a mesma situação. O Alô Abacaxi, que levou 10 mil foliões atrás do trio no Carnaval deste ano, quer manter os gastos de R$ 15 mil. Eles pretendem usar um financiamento coletivo. “Temos foliões muito engajados e, se todo mundo ajudar um pouquinho, conseguiremos fazer o desfile. Usamos o financiamento em outro evento e deu certo”, diz o produtor Bruno Perdigão.

Já o Garotas Solteiras aposta na venda de alguns produtos. Bolsas, camisas, quadros e bótons são comercializados pelo bloco. “Lançamos itens novos principalmente nessa época que as pessoas já começam a pensar em Carnaval. A venda é boa e o dinheiro ajuda muito”, diz Márcio Gabrich, um dos representantes do grupo.

Cadastro

Para cadastrar os blocos, os representantes devem acessar a página pbh.gov.br/carnaval. O trajeto solicitado não será necessariamente executado, pois precisa passar pelo aval da organização.

“Com os dados fornecidos, podemos planejar melhor a festividade, juntamente com os demais órgãos públicos envolvidos, minimizando os possíveis problemas e garantindo um apoio melhor para os organizadores, foliões e moradores da cidade”, afirma o presidente da Belotur, Aluizer Malab.

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