Bola alega inocência e acusa autoridade de incriminá-lo na morte de Eliza Samudio

Hoje em Dia
01/08/2014 às 19:19.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:37
 (Eugênio Moraes/Arquivo Hoje em Dia)

(Eugênio Moraes/Arquivo Hoje em Dia)

O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, de 51 anos, se disse inocente e acusou uma autoridade, que seria o seu desafeto, de incriminá-lo na morte da ex-modelo Eliza Samudio. As afirmações foram feitas durante uma entrevista à TV Alterosa, veiculada nesta sexta-feira (1º). Bola foi condenado a 22 anos de prisão por envolvimento na morte de Eliza e está preso na  Casa de Custódia da Polícia Civil, no bairro Horto, na região Leste de Belo Horizonte.    “Se depender de mim, essa moça está viva. Estou preso e acusado de um suposto crime porque eu nunca vi essa moça na minha vida”, afirmou o ex-policial.  Após ser questionado sobre quem teria o interesse de incriminá-lo, já que alegou inocência na participação do crime, ele afirmou: “autoridade que é o meu desafeto, que todo mundo sabe. É só vê-lo na televisão”.    O corpo de Eliza, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, nunca foi achado, mas as investigações da polícia apontam que ela foi morta em junho de 2010. No último dia 24 de julho, Jorge Luiz Rosa, primo de Bruno, veio para Belo Horizonte, prestar esclarecimentos à polícia sobre a entrevista que deu à rádio Tupi, no qual ele disse saber onde estão os restos mortais da modelo Eliza Samudio.    Jorge afirmou que Bola teria cortado as mãos e matado Eliza estrangulada e jogado o corpo dela em um terreno próximo ao aeroporto de Confins. O ex-policial acredita que Jorge possa ter sido usado para incriminá-lo. “Você vê que o rapaz é desequilibrado, uma pessoa que foi plantada para fazer isso”, disse.    Durante a entrevista, Bola disse que apenas ligou para Macarrão para colocar o seu filho para jogar, já que Bruno, na época, era jogador de futebol. Ele alegou ainda que as provas das ligações telefônicas que teria feito para Macarrão são falsas. Ele disse também que nunca tinha visto Bruno e Macarrão. “Fui ter cara a cara (com eles) no DI (Departamento de Investigação)”, afirmou.    Ao ser perguntando sobre qual recado mandaria para a mãe de Eliza, Bola respondeu que não tem nada para falar e nem que pedir perdão. “Peço pra ela orar 'pra' Deus mostrar pra ela a verdade”.    O ex-policial chorou em diversos momentos da entrevista, especialmente quando falou de sua família. “Sempre fui inocente, eles sabem disso. Sempre fui um bom pai, sempre quis dar pra eles tudo que eu não tive (...) Queria falar que amo eles”.

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