Bolsonaro confirma verba para criação da linha 2 do metrô de BH, que ligará o Calafate ao Barreiro

Renata Evangelista*
rsouza@hojeemdia.com.br
02/09/2020 às 08:22.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:26
 (Twitter/Reprodução )

(Twitter/Reprodução )

A expansão do metrô de Belo Horizonte, enfim, parece que vai sair do papel. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou nesta quarta-feira (2) que vai repassar recursos para viabilizar a linha 2 do modal. 

A verba de R$ 1,2 bilhão será transferida de uma indenização acordada na Justiça com a Ferrovia Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), da Vale, que abandonou a concessão de linhas férreas. Nas redes sociais, Bolsonaro destacou que a ampliação do metrô é uma obra aguardada por anos pelos moradores de BH.

"A indenização relativa à devolução de trechos antieconômicos da Ferrovia Centro Atlântica será empregada no segmento Calafate/Barreiro, antigo sonho dos mineiros", tuitou o chefe do executivo nacional.

- A criatividade e a determinação do @MInfraestrutura @tarcisiogdf viabilizará a linha 2 do metrô de BH.- A indenização relativa à devolução de trechos antieconômicos da Ferrovia Centro Atlântica será empregada no segmento Calafate/Barreiro, antigo sonho dos mineiros. pic.twitter.com/s91JIPgmCI— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) September 2, 2020

 Também nas redes sociais, o governador Romeu Zema (Novo) comemorou o repasse. "Mais um avanço e a conquista de um sonho antigo dos mineiros. Vamos viabilizar a linha 2 do metrô (Calafate-Barreiro) em BH", escreveu na web.

Mais um avanço e a conquista de um sonho antigo dos mineiros. Vamos viabilizar a linha 2 do metrô (Calafate-Barreiro) em BH. Agradeço ao Governo Federal por ter priorizado essa obra. Agradeço pela atenção com a nossa população, presidente @jairbolsonaro e ministro @tarcisiogdf — Romeu Zema (@RomeuZema) September 2, 2020

O repasse, feito em 60 parcelas mensais, começou a ser pago e incorporado ao Programa de Parcerias e Investimentos gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. O BNDES encaminhará o valor ao governo estadual, responsável pelas obras. A promessa é de que isso aconteça tão logo o acordo seja homologado pela Justiça Federal em Minas.

Sistema

A linha 2 do metrô tem 10,5 quilômetros e, a partir da estação Calafate, margeando a Via Expressa, chegará ao Barreiro, com sete terminais previstos. A expectativa é de que 120 mil passageiros sejam transportados por dia.

Como algumas intervenções de infraestrutura no ramal já foram feitas, a expectativa é de que o sistema entre em operação em 36 a 48 semanas depois do início das obras.

Verba

A liberação da verba foi anunciada em outubro de 2019 pelo secretário de Infraestrutura e Mobilidade do Estado, Marco Aurélio Barcelos. Durante reunião da Assembleia Legislativa, na qual comentou sobre o cenário das 109 obras paralisadas no Estado, ele afirmou que seria investido R$ 1,2 bilhão, valor proveniente de indenizações das concessões ferroviárias, na linha 2 do metrô. A meta, segundo o secretário, seria expandir o número de usuários de 170 mil para 840 mil passageiros por dia. 

Em agosto deste ano, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, sinalizou que o montante realmente seria destinado à ampliação do metrô de BH. E, no último fim de semana, o senador mineiro Carlos Viana (PSD) confirmou os repasses para a expansão do modal.

Na ocasião, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra-MG) destacou que o Governo de Minas trabalha para conseguir a estadualização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), responsável pela operação e manutenção do sistema, e que pretende conceder os serviços à iniciativa privada. Por meio do Twitter, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) escreveu "vamos aguardar". 

Já a CBTU, responsável pela operação e manutenção do sistema, declarou que a empresa "comemora esta ação integrada, já que este projeto é uma demanda da cidade, e parabeniza todos os entes envolvidos nesta articulação que irá beneficiar milhares de mineiros. Sabemos da importância do transporte metroferroviário para o desenvolvimento sustentável das cidades e para a qualidade de vida do cidadão".

*Com Rodrigo Gini

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