(Corpo de Bombeiros/Divulgação)
No quinto dia de buscas por desaparecidos após o rompimento de duas barragens da Samarco, as chances de encontrar sobreviventes vão ficando remotas. Contudo, militares do Corpo de Bombeiros acreditam que podem encontrar vítimas que tenham se abrigado no que classificam como "caixas de ar".
Por causa dessa possibilidade, cerca de 40 bombeiros que realizam as buscas no distrito de Bento Rodrigues concentram esforços em áreas onde há lages ou algum tipo de barreira. "Vamos a pé com bastões de até sete metros, que são fincados na lama para ver se tem algum obstáculo ou odor que possa indicar a existência de um corpo", explicou o capitão Rafael Cosendey.
Militares explicam como ocorre o trabalho de busca.
Segundo ele, uma equipe de 40 homens especializados nesse tipo de situação estão se revendo nas buscas para não haver sobrecarregamento da equipe. Um grupamento também realiza a busca pelo corpo do menino Tiago Damasceno Santos, de 7 anos, que estava com a avó no momento do desastre. Familiares dele ajudam dando orientações da localização do imóvel ao militares.
Aprensão
Giovana Aparecida Rodrigues da Silva se agarra na esperança de ver o filho Tiago vivo.
Nilza Vieira Albino, 57, anos, é mãe de Samuel Vieira Albino, o primeiro nome da lista de desaparecidos. Ele é pai de 4 filhos e trabalhava com sondagens na mina da Samarco. Segundo ela, amigos de trabalho viram o momento em que seu filho, que estava em uma caminhonete, foi levado pela lama. Ela estava no centro de apoio da Prefeitura em busca de informações. O vídeo abaixo mostra o desespero da senhora pela falta de informações sobre o paradeiro do filho.