(Eugênio Morais/Hoje em Dia)
O Corpo de Bombeiros confirmou, nesta quinta-feira (6), o acidente envolvendo a aeronave da American Airlines. A aeronave saiu de Belo Horizonte e seguia com destino a Miami. No documento divulgado pela assessoria de imprensa, a corporação informou que foram acionados conforme procedimento padrão do aeroporto, definido pelas regras da aviação civil mundial, para situações em que o piloto solicita este acompanhamento. A nota diz que, segundo relatos do comandante da aeronave, John Precket, um dos motores apresentou um tipo de pane, com a presença de fogo, logo após a decolagem. O fogo não permaneceu por muito tempo e a aeronave retornou ao aeroporto, seguindo procedimentos previstos para sua utilização. Os militares ficaram posicionados e acompanharam o pouso, que transcorreu normalmente. A aeronave então se deslocou até o Box 08 do pátio principal do aeroporto e não houve mais necessidade de empenho por parte dos bombeiros. De acordo com a BHAirport, o voo partiu do aeroporto de Confins às 23h32 e retornou às 23h59. Segundo a concessionária, todos os órgãos envolvidos foram acionados e os procedimentos do plano de emergência seguidos. Os recursos estavam disponíveis em solo porém, não foram utilizados. A reportagem entrou em contato com a empresa, mas até o momento ninguém foi encontrado para mais informações. Os passageiros foram acomodados no Comfort Hotel Confins. Uma fotógrafa que estava no voo chegou a relatar em seu perfil no Facebook que o estrondo foi assustador e que a tripulação que estava na parte traseira do avião teria visto uma "enorme bola de fogo." "Nasci de novo! Podem comemorar. (...) Acho que eu nunca orei tanto", exaltou a passageira. Ela ainda contou que a aterrissagem foi muito difícil e que ela chegou a pensar que a equipe não iria conseguir pousar. No pátio várias viaturas do Corpo de Bombeiros esperavam para atender os passageiros, caso necessário. Momentos de pânico "O piloto salvou nossas vidas. O pouso não foi nada suave, mas o piloto foi ótimo", afirmou a fotógrafa Vanessa Freire. Em entrevista ao Hoje em Dia, a mineira se queixou da estrutura do avião, mas fez questão de parabenizar o trabalho do piloto. Segundo ela os comissários pareciam assustados. "Era notório que algo estava errado, mas o piloto só se comunicou com a gente uns 15 minutos após o estouro", disse ela. A testemunha reclamou também que a aeronave não estava em condições adequadas de limpeza. Alguns passageiros teriam recusado a sair de Belo Horizonte por considerarem as aeronaves de São Paulo melhor e devem partir de lá para os Estados Unidos na próxima madrugada. "Foram momentos de pânico", segundo passageiros do voo 922. "Tudo tem que ficar pedindo, meu voo foi remarcado para a noite e eu tive que brigar para conseguir um vaucher para jantar", reclamou a fotógrafa que ainda contou que teve que fazer o seviço de intérprete para dois americanos que não conseguiam se comunicar com agentes da empresa. "É muito desgastante", lamentou. Em torno de 15 passageiros se uniram e trocaram contatos com a promessa de entrar com uma ação conjunta contra a American Airlines. Eles alegam que estão com dificuldades de diálogo com a empresa, não receberam explicações sobre o ocorrido e afirmam que todo o processo de acomodação e reestruturação tem sido lento. *Com informações da repórter Cristina Barroca.