Bombeiros retomam buscas por corpos de casal assassinado em passeio pela Serra do Cipó

Hoje em Dia
08/01/2014 às 08:07.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:12
 (Reprodução/Facebook)

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As buscas pelos corpos do casal de advogados, que desapareceu na Serra do Cipó, na Grande BH, foram retomadas na manhã desta quarta-feira (7). Com o auxílio de um barco e aparelhos de mergulho, uma equipe do 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros, trabalha às margens do rio Santo Antônio, que fica a cerca de 10 quilômetros de Conceição do Mato Dentro, região onde as vítimas teriam sido assassinadas.

A possível localização dos corpos de Alexandre Werneck de Oliveira, de 46 anos, e Lívia Viggiano Rocha Silveira, de 39 anos, foi indicada pelos três suspeitos de roubar e matar o casal, detidos nessa terça-feira (7). A arma usada no crime também teria sido jogada no rio. Os suspeitos estão no local, assim como parentes das vítimas, e acompanham o trabalho da perícia e dos militares.

Por volta de 11 horas, os peritos conseguiram encontrar a placa da Hilux SW4, próximo a uma ponte velha que fica sob o rio. Mas, apesar do relato dos suspeitos, os bombeiros acreditam que os corpos não foram jogados naquele rio.

Helton Moreira de Castro, de 19 anos, e o filho de um policial militar, identificado como Marcos Magno Peixoto Faria, de 25 anos, mais conhecido como Bil - tendo antecedentes criminais por tráfico e assalto, confessaram o crime ao serem presos. O menor S. também prestou depoimento na noite de terça-feira.

Em relato à polícia, Helton e Marcos disseram que assassinaram o casal a tiros e jogaram os corpos no rio Santo Antônio. Depois, fugiram levando R$ 174 e celulares, cujos aparelhos já foram recuperados pela polícia.
 


Marcos e Helton suspeitos de cometer o crime. (Fotos: Flávio Tavares/Hoje em Dia)


O veículo de Alexandre – que era assessor jurídico do Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) –, uma Hilux SW4, foi encontrado queimado em um matagal. O automóvel foi a principal pista da polícia para chegar aos suspeitos. Isso porque Marcos, o primeiro homem a ser detido pela PM, foi visto na cidade com o rosto queimado. Após ser abordado por militares, ele indicou os comparsas.

 
Os suspeitos teriam abordado Alexandre e Lívia no mirante da Serra do Cipó, na última sexta-feira (3), e os feito reféns. Em seguida, entraram no carro e levaram as vítimas até as margens do rio, sendo executadas no mesmo dia.

Detalhes

O casal chegou à Serra do Cipó por volta das 11 horas da sexta-feira. Segundo o gerente do Cipó Veraneio, Wagner Della Aversana, Alexandre e Lívia teriam saído às 18 horas para um passeio e não voltaram mais.

Segundo o delegado chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP), Wagner Pinto, o menor teria confirmado participação apenas na destruição do carro e sumiço das placas, mas está sendo investigado o seu envolvimento nos homicídios. O delegado informou que a abordagem do casal foi feita por Helton e Marcos, em uma moto amarela. A Polícia trabalha também com a hipótese de que Lívia Viggiano teria sido estuprada antes de morrer.

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