Cães tem rotina alterada para ficar longe da Leishmaniose

Ana Lúcia Gonçalves - Hoje em Dia
06/07/2013 às 08:38.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:48
 (Leonardo Moraes/Hoje em Dia)

(Leonardo Moraes/Hoje em Dia)

GOVERNADOR VALADARES – Os hábitos noturnos do mosquito flebótomo, transmissor da leishmaniose visceral canina, está mudando a rotina dos pets em Governador Valadares. Quando não podem ser cancelados, os passeios de fim de tarde são mais curtos e cercados de cuidados. Além de atenção com o itinerário, para evitar ambientes úmidos e com folhas secas que atraem o mosquito, o uso de repelente e da coleira antiparasitária são indispensáveis.

Os poodles Dunga e Mel, de 7 anos, já se adaptaram ao ritual. Três vezes por dia, a dona deles, a psicóloga Kênia Andrade Metzker, borrifa uma mistura de óleo de citronela dissolvida em água nos ralos, cantos da casa no pelo dos animais. O repelente perfuma o ambiente e mantém afastado o mosquito transmissor da doença.

“Antes eles corriam e depois se esfregavam no chão, tentando ficar livres do produto, mas se acostumaram. Agora sabem que, depois do “banho” de repelente da tarde, vão passear”, conta. Como trabalha pela manhã, a psicóloga só pode fazer o passeio à tarde, horário que evitaria se tivesse alternativa. Mas como os animais são vacinados contra a leishmaniose, acredita que estejam seguros.

A estudante Luíza Oliveira, de 13 anos, também mudou a rotina da pequena Mel, de quatro meses. Como a Basset ainda não foi vacinada, os passeios pela orla da Lagoa Santo Agostinho foram antecipados para as 16h. Antes, a “socialização” da pet era feita três horas mais tarde, quando os pais da adolescente chegavam do trabalho e podiam acompanhá-las.

Luíza acredita que a roupinha ajuda a proteger Mel da picada do mosquito que costuma aparecer depois das 17h. Mas ela não não abre mão do repelente, aplicado principalmente no focinho e rabo, que ficam expostos. No mercado, é possível encontrar uma variedade do produto, com preços que variam de R$ 8 a R$ 15.

“Logo a Mel vai ser vacinada contra a leishmaniose e aí vou ficar mais tranquila”, diz.

Coleiras

A estudante Lara Cabral Lopes, de 16 anos, também está atenta aos cuidados que precisa ter com a yorkshire Kate e a labradora Lucy. Além da vacina, ela optou pelo uso da coleira antiparasitária. “A gente passa a amar o animal como se fosse alguém da nossa família. Não suportaria perdê-las por causa dessa doença”, enfatiza.

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