Cadastro de flanelinhas tenta separar "joio do trigo" em BH

Danilo Emerich - Hoje em Dia
18/03/2013 às 06:56.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:58
 (Samuel Costa)

(Samuel Costa)

Os 1.056 lavadores e guardadores de carro registrados na Regional Centro-Sul da Prefeitura de Belo Horizonte estão sendo recadastrados. Eles recebem um colete verde para ajudar na identificação. O município pretende intensificar a fiscalização e retirar das ruas os flanelinhas irregulares.

Segundo o gerente de licenciamento e fiscalização integrada da Centro-Sul, William Rodrigues Nogueira, o recadastramento é feito desde janeiro, e os coletes começaram a ser entregues em fevereiro.

Até 13 de março, 604 lavadores e guardadores haviam passado pelo procedimento. Em média, dez profissionais são licenciados por dia.

Dois tipos de colete são de uso obrigatório, um verde escuro, para o dia, e outro verde fluorescente, para a noite. Todos trazem o número de inscrição do profissional e uma sigla sobre qual área ele está cadastrado: SV, por exemplo, representa a Savassi. No momento do recadastramento, também é feita uma carteira com informações do guardador.

“Quem não usar o colete será identificado como irregular e poderá ter a licença cassada. Vai ficar mais fácil encontrar os cadastrados que estiverem cobrando gorjeta dos motoristas”, afirmou Nogueira.


Repressão
 
Após o recadastramento, uma ampla ação fiscal, em conjunto com a polícia, será levada às ruas para coibir os flanelinhas sem registro.

“É um projeto piloto da Centro-Sul que pode ser expandindo para outras áreas da cidade. É importante a participação da sociedade e denunciar quem não tiver o colete, pelo telefone da prefeitura (156) e também a polícia (190)”, orienta o gerente de fiscalização.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores, Lavadores, Guardadores e Manobristas, Martim dos Santos, a ação é positiva, apesar de a entidade não ter sido convidada para participar do processo.

“Os coletes foram criados pelo sindicato. É bom para sociedade e para a categoria. Quem é legalizado se sente mais seguro e não é confundido com o marginal, mas, se não tiver ação da polícia, não impede ação de irregulares, que ameaçam os regulamentados e clientes”, disse Martim.


Conflitos
 
Em janeiro, o Hoje em Dia mostrou a guerra entre os flanelinhas de BH pela disputa de território, principalmente na região central. Nos últimos cinco anos, foram registradas pelo menos cinco mortes, segundo o sindicato da categoria.

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