(PRF/Divulgação)
Por todo o Brasil, caminhoneiros interromperam ao longo de toda esta terça-feira (1º) o fluxo em importantes rodovias para protestar contra o aumento dos impostos nos combustíveis (PIS/Cofins). Em Minas Gerais, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a greve nacional dos transportadores de carga atingiu cinco pontos importantes. Em João Monlevade, na região Central de Minas, a pista ficou interditada desde a madrugada.
No Km 361 da BR-381, em João Monlevade, a rodovia foi bloqueada por cerca de 50 manifestantes por volta de meia-noite. Os caminhões foram impedidos de passar, exceto os que transportavam cargas vivas e perecíveis. A interdição continuo gerando retenção ao longo do dia, contudo, foi possível a passagem de veículos de passeio e ônibus.
Já no Km 81 da BR-050, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, a rodovia foi interditada às 23h50 de segunda (31). Cerca de 20 manifestantes queimaram pneus para interromper o fluxo da via. A liberação aconteceu por volta da 1h15.
Em Paracatu, no Noroeste de Minas, houve uma interdição total. Cerca de 50 manifestantes fecharam a BR-040, na altura do Km 45, na manhã desta terça (1º). A pista ficou interditada por cerca de duas horas. Houve bloqueios também em Oliveira, no Campo das Vertentes, e em Congonhas, na região Central do Estado.
Já no fim da tarde, um grupo bloqueou a BR-040 com pneus queimados, na altura do bairro Olhos D'Água, na saída do Anel Rodoviário, sentido Rio de Janeiro. O trânsito ficou bastante congestionado no local, provocando uma retenção, tanto no Anel quanto na BR-356.
O movimento dos caminhoneiros foi organizado nas redes sociais e em grupos de WhatsApp, afirma o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unican), José Araújo Silva, o China. "E, pelo que estamos vendo até agora, é um movimento bastante forte."
Além do aumento dos impostos sobre os combustíveis, os motoristas também reclamam da redução dos investimentos na melhoria das estradas. Com a delicada situação fiscal do país, o governo fez um corte radical nos investimentos, especialmente da área de infraestrutura. Dos R$ 36,1 bilhões previstos na Lei Orçamentária para este ano no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apenas R$ 19,7 bilhões estão disponíveis. A redução total, após dois sucessivos bloqueios, chega a 45,4%.
(* Com Estadão Conteúdo)
Leia mais:
Paralisações de caminhoneiros foram registradas em oito estados, segundo a PRF