(Redes Sociais/Reprodução)
A Polícia Civil de Minas Gerais informou, na tarde desta sexta-feira (25), que a caminhonete utilizada pelo suspeito de assassinar o candidato a vereador Cássio Remis (PSDB), em Patrocínio, no Alto do Paranaíba, foi localizada na residência de um político de Perdizes, na mesma região. O corpo da vítima foi velado nessa manhã. O suspeito está foragido.
Uma arma, possivelmente de calibre 38, estava no interior do veículo e será periciada para confirmar se trata-se do artefato utilizado no assassinato. Além disso, um celular também foi encontrado no automóvel. Ainda não se sabe se o aparelho era da vítima ou do suspeito.
As informações foram repassadas pelos delegados Valter André e Renato Mendonça, que abriram inquérito para investigar o caso, em coletiva nesta tarde.
"A caminhonete estava numa residência, com arma dentro. E a casa de um político da cidade, mas qualquer outra informação é especulação", afirmou Mendonça, que não informou o nome do envolvido. A suspeita é que essa pessoa possa ter ajudado na fuga do autor dos cinco disparos que atingiram Remis.
Segundo a polícia, até o momento já foram ouvidas cinco pessoas na investigação. Entre elas, uma pessoa que estava com a vítima, além de três indivíduos que estariam com o autor no momento dos disparos.
O crime é tratado pela polícia como homicídio duplamente qualificado por motivo fútil, já que o suspeito, segundo a polícia, atirou em vítima desarmada e de costas. A corporação vai investigar a possibilidade de outros outros crimes, como roubo, porte de arma de fogo, participação de outras pessoas e favorecimento de fuga.
Segundo a polícia, em se tratando de crime duplamente qualificado, a pena para o autor, que é considerado foragido, ultrapassa 30 anos. Como já venceu o período de prisão em flagrante, os delegados explicaram que se o suspeito se apresentar, ele será ouvido e liberado enquanto não houver uma decisão judicial que determine a detenção.
Suspeito
O principal suspeito é o secretário de Obras em Patrocínio, Jorge Marra. Ele é irmão de Deiró Moreira Marra, que é prefeito da cidade.
Em nota enviada nesta sexta-feira (25), Marra afirmou que não tem relação com o crime.
"Lamentamos tudo que aconteceu e essa sequência de fatos absolutamente injustificáveis, que culminaram na morte do vereador Cássio Remis por disparo de arma de fogo, infelizmente pelas mãos do meu irmão, Jorge Marra. Esperamos que todos os fatos sejam elucidados e apurados de forma transparente pelas polícias, com a mais absoluta isenção de tudo isso. É um fato que choca todos nós", disse.